Novos corredores devem elevar em 36% velocidade média dos ônibus
O PAC 50 (Plano de Aceleração do Crescimento) prevê a criação de mais 40 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, táxis e veículos de emergência em Campo Grande. O projeto, que é o pioneiro no Brasil, engloba o CCI (Centro de Controle Integrado) para administrar o transporte coletivo de Campo Grande, deve elevar em 36% a velocidade média dos ônibus urbanos.
As ruas Cônsul Assaf Trad, Gury Marques e Rui Barbosa, as avenidas Mato Grosso e Calógeras serão algumas das vias contempladas com os novos corredores. Outros quatro novos terminais de transbordo serão colocados em pontos estratégicos da cidade.
Com a implantação da CCI, o transporte coletivo de Campo Grande terá um ganho de 1/3 na velocidade média. “Hoje o transporte anda a 22 km/h, em média, saltando para 30 km/h”, relata o diretor de transporte da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Transito), Lúcio Murilo Fregonese Barros.
A ex-diretora presidente da Agetran, Kátia Castilho, explica que esse salto na velocidade é garantido após a implementação do CCI. “A sede será no prédio antigo da Agetran. O centro irá propiciar uma gestão sobre todos os ônibus da frota e todos os semáforos, aumentando o conforto e a velocidade operacional”.
Este será o primeiro centro de controle em tempo real do Brasil. “Nós nos baseamos no sistema da Europa, pois é a infraestrutura que mais se assemelha com a do nosso país. Campo Grande será o primeiro local com um sistema em tempo real”, explica Kátia, que foi exonerada ontem para dar a vaga para o engenheiro civil Jean Saliba, indicado pelo PTB.
O projeto também visa expandir a quantidade de corredores exclusivos em Campo Grande, principalmente nas ruas Cônsul Assaf Trad, Gury Marques e Rui Barbosa e avenidas Mato Grosso e Calógeras. “Serão quase 40 km de corredores na capital, sendo que três deles serão BRT, que são feitos junto ao canteiro central, ficando sem interferência de veículos convergindo”, explica a ex-diretora presidente.
Com o centro de controle instalado, segundo Kátia Castilho, o usuário do transporte coletivo terá mais conforto na hora de pegar o ônibus. “Nós lançaremos um smartphone para celular, que avisa o horário certo que o ônibus chegará. Por exemplo, se o aplicativo disser que a linha ‘X’ chegará as no horário ‘X’, e ele irá chegar nesse horário, além de mostrar a rota mais viável, com tempo menor”, promete.
Mas a implementação desse projeto só será feito entre 2014 e 2015. “O termo de referência está pronto, será entregue a Brasília, então é só esperar a liberação do dinheiro, que até Março o sistema já estará licitado, em 2014 a 2015 será feita a implementação do projeto”, afirma Kátia.
O investimento do PAC 50 será de R$ 70 milhões, mas Kátia relata que não é um valor alto. “O orçamento da iluminação da rua 14 de Julho foi de R$ 40 milhões, então eu não acho que esse projeto está caro, pois o custo benefício dele é muito maior”.
Ela ainda comenta que por conta dessas melhorias no sistema de transporte urbano, as pessoas utilizarão mais o ônibus em Campo Grande. “Hoje as pessoas migraram do ônibus para moto, mas a partir do lançamento do sistema, com certeza as pessoas voltarão a utilizar o transporte”, constata ex-dirigente, que pode virar consultora da Agetran.