Operação tapa-buraco é remanejada em caráter emergencial após fortes chuvas
Em entrevista ao Campo Grande News, secretário de Infraestrutura explica quais são as prioridades após as chuvas do fim de semana que abriram centenas de novas crateras pela Capital
Novas estratégias deverão redefinir a operação tapa-buracos em Campo Grande. A partir de quarta-feira (15), parte das 19 equipes que realiza o serviço na Capital será balizada pelas chuvas e tempestades.
Em outras palavras, os trabalhadores estarão corrigindo os estragos nas vias de maior fluxo, a começar pela avenida Mato Grosso, onde uma grande quantidade de novos buracos não perdoa pneus, amortecedores e rodas - especialmente em horário de pico, quando desviar de um buraco pode significar bater no veículo ao lado.
Parte do serviço é "refação", admite o secretário o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, como aconteceu na rua Sergipe, no bairro Jardim dos Estados, onde a água levou o trabalho de dias. O mesmo ocorreu em trecho da Avenida Rachid Neder. "Pelo que vemos, é um percentual pequeno de buracos que reabriram. A maioria está em áreas que não havia sofrido intervenção", explicou o secretário.
Em relação às centenas de novos buracos abertos durante o fim de semana, a prefeitura adianta que receberá atenção especial a Avenida Mascarenhas de Moraes, onde eles impressionam pelo diâmetro e profundidade. Do outro lado da cidade, as avenidas Raquel de Queiroz e Luthero Lopes devem receber novas equipes e "são consideradas prioritárias".
Porém, considerando que ainda existem mais de 200 mil crateras a serem tapadas pela cidade, e que novos buracos surgem a cada chuva, a reportagem questionou se tapa-buraco é "enxugar gelo".
Rudi responde: "O problema é que a vida útil do pavimento já se esgotou e enquanto não conseguirmos um recapeamento teremos de conviver com isso", lamenta, lembrando do convênio com o Governo do Estado e com o Exército tornará realidade o recapeamento de vias como as ruas Guia Lopes da Laguna, Brilhante, e avenidas Marechal Deodoro e Bandeirantes. Para outras vias, segundo ele, é preciso buscar "mais recursos".
Ao Campo Grande News, o secretário de Infraestrutura acrescenta que a "esperança" é que as águas cessem logo, para correr atrás do prejuízo. "Depois da época de chuvas conseguiremos tapar mais de mil buracos por dia. Por enquanto, segundo ele, as equipes geralmente precisam parar sempre que chove, "o que acontece sempre por volta das 15 horas", reclama.
Quanto ao pagamento, "está tudo empenhado" e custa cerca de R$ 40 reais o metro de buraco tapado, segundo o secretário. Já o prefeito Marquinhos Trad (PSD), via WhatsApp, informou à reportagem: "Até agora não paguei nenhum valor".