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Capital

Para prefeito, decreto serviu como combustível na discussão sobre Uber

Prefeito voltou a dizer que não é contra o serviço por meio do aplicativo e nem a favor de táxis

Luana Rodrigues e Lucas Junot | 04/03/2017 12:01
Marquinhos Trad em evento em comemoração ao Dia da Mulher, realizado no parque Jacques da Luz, nas Moreninhas. (Foto: Lucas Junot)
Marquinhos Trad em evento em comemoração ao Dia da Mulher, realizado no parque Jacques da Luz, nas Moreninhas. (Foto: Lucas Junot)

Depois da polêmica gerada em relação ao decreto da prefeitura para regrar o serviço do aplicativo Uber em Campo Grande, o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), disse na manhã deste sábado (4) que a tentativa de regulamentação do serviço atingiu objetivo esperado por ele: promover discussão sobre o assunto. O município desistiu de levar adiante as normas como previstas inicialmente, deixando o debate para ser feito na Câmara Municipal.

De acordo com o prefeito, há cerca de 11 meses o serviço “começou a aparecer” na Capital – passou a operar oficialmente em setembro. “Ninguém tomou uma posição para que a Uber saísse da clandestinidade, bastou o decreto para aparecer associação de motoristas do aplicativo, para que representantes da Uber viessem a Campo Grande e a Comissão de Transportes da Câmara se posicionasse”, comentou Marquinhos, em evento em comemoração ao Dia da Mulher, realizado no parque Jacques da Luz, nas Moreninhas.

O prefeito voltou a dizer que não é contra o serviço por meio do aplicativo e nem a favor de proteger taxistas. Mas, considera que critérios têm de ser definidos para a prestação das duas modalidades de serviço.

Polêmica - Na sexta-feira (24) da semana passada, Marquinhos havia anunciado novas regras para o sistema das caronas pagas, que repercutiram negativamente e foram duramente criticadas durante o fim de semana. Na segunda-feira (27), o prefeito voltou atrás e flexibilizou, dando ao profissional interessado em prestar o serviço de ”carona paga” 180 dias para se regularizar.

Por fim, na sexta-feira (3), anunciou que pediu à Câmara Municipal para promover audiência pública em relação à Uber. O parlamento quer chamar todos os setores envolvidos para avaliar a melhor forma de encaminhar um regramento. 

Pela proposta feita até então, foi estabelecido o mesmo limite dado aos táxi atualmente: 490 motoristas e o mesmo número de auxiliares. “A responsabilidade será do titular”. Além disso, seria criado um cadastro reserva para “quando houver necessidade” de mais pessoas no serviço, o mesmo valendo para táxi e mototaxi.

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