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Atrasada, Câmara pega carona na discussão sobre Uber

Waldemar Gonçalves | 03/03/2017 06:00

Atrasada na corrida – A Câmara Municipal chegou atrasada na discussão sobre a regulamentação do serviço da Uber em Campo Grande. Agora, tem que ‘correr atrás do prejuízo’. Para isso, chamou um debate entre motoristas do aplicativo, taxistas, mototaxistas e população.

Grande audiência pública – O presidente do Legislativo da Capital, vereador João Rocha (PSDB), promete uma “grande audiência pública” envolvendo todas as partes, inclusive o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), que assinou decreto regulamentando o sistema das caronas pagas. "As pessoas querem discutir essa delicada questão. E o fórum para essa discussão é a casa de leis. Aqui é o lugar para isso", defende o tucano.

No vácuo – Só que teve parlamentar que não gostou nada dessa inversão. Ou seja, de o Executivo legislar e o Legislativo discutir depois os detalhes da norma. A situação deixou o presidente da comissão de transportes, Junior Longo (PSDB), bastante incomodado. Questionado sobre o que pode ser feito agora que a portaria está prestes a ser publicada, Longo ficou inicialmente em palavras e não soube responder.

Não gostei – Depois, analisou a situação. "Não gostei do decreto. Estamos aqui para elaborar um projeto, discutir, ouvir as pessoas. Aqui que é lugar de discutir essas coisas. A Câmara Municipal legisla e fiscaliza”, disse ele. “Não tinha nem que ter esse decreto, tanto é que ele foi publicado numa sexta-feira e na segunda ele convocou a imprensa. Se o decreto fosse bom, ele só manteria o decreto, mas ele foi modificando tudo", emendou o vereador.

Caçando fantasmas – Está nas mãos do MPE (Ministério Público Estadual) documentação referente aos funcionários da Assembleia Legislativa, solicitadas em investigação sobre denúncia de servidores fantasmas na casa. Segundo o presidente, deputado estadual Junior Mocchi (PMDB), os dados foram solicitados pela promotoria e são referentes aos últimos cinco anos.

Alguém próximo – Mochi também falou possíveis mudanças que o Executivo estuda. Em se confirmando a indicação de um subsecretário para fazer a articulação política do Governo junto aos deputados estaduais, diz ele, seria importante um nome que frequente a Assembleia e esteja sempre com os parlamentares.

Somos parceiros – Ao mesmo tempo, o peemedebista ressalta a boa parceria que mantém com o Executivo. Segundo ele, a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) sempre esteve “de portas abertas para os deputados” e ofereceu bom contato com os secretários.

Acorda, bancada – A indefinição sobre a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final) rendeu puxão de orelha da oposição à base do governo na Assembleia Legislativa. João Grandão (PT) reclamou e coube a Pedro Kemp (PT) convocar uma sessão extraordinária e entregar a relatoria de matérias de interesse do Executivo para, então, elas poderem tramitar.

Ficou para depois – Mas, o fim do impasse na CCJR ainda vai esperar. Nos bastidores da casa, deputados falaram sobre uma reunião marcada por Junior Mochi (PMDB) com o deputado Lídio Lopes (PEN), um dos postulantes à presidência da comissão. A conversa teria como finalidade pedir que Lídio ceda para o colega Beto Pereira (PSDB) assumir. Beto disse que fez um requerimento formal à Presidência e aguarda resposta.

Cara na porta – Marcada para depois da sessão extraordinária da CCJR, a tal conversa não aconteceu. Lídio deu com a cara na porta. A assessoria da presidência disse que Mochi estava em agenda externa.

(com Leonardo Rocha, Lucas Junot e Richelieu de Carlo)

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