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Capital

Passageiros são "aprovados" em barreira e evitam até conversar durante voos

Até agora não foi registrado no aeroporto da Capital nenhum caso de paciente com suspeita da doença

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 30/03/2020 12:31
Agentes da vigilância sanitária medindo a temperatura de passageiros que acabaram de desembarcar (Foto: Henrique Kawaminami) 
Agentes da vigilância sanitária medindo a temperatura de passageiros que acabaram de desembarcar (Foto: Henrique Kawaminami)

Por volta das 10h, os 107 passageiros que desembarcaram em Campo Grande, em um voo da Azul vindo do Aeroporto Internacional de Viracopos (SP), tiveram a temperatura corporal medida e responderam a um questionário.

A medida faz parte da barreira sanitária implantada na madrugada desta segunda-feira (30) no aeroporto da Capital para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).  Com medo de contágio, os passageiros afirmaram que evitam até conversar com o colega ao lado. Não foi registrado nenhum caso de pacientes com a doença nas duas barreiras realizadas nesta segunda-feira.

Com álcool em gel no bolso, o professor José Duarte, 49 anos, achou a medida excelente porque ajuda a controlar a doença que assusta o mundo. “Essas medidas são essenciais. Cabe a nós acatá-las como meio de guerra ao vírus”, contou. José mora no município, mas estava em Curitiba (PR) e passou por São Paulo, estado com maior número de morte por coronavírus.

“Embora todos os aeroportos estejam empenhados a controlar o vírus, aqui o combate está maior”, lembrou o professor dizendo que ainda não havia medido a temperatura nem respondido a questionário referente a sintomas da doença ao chegar em outras cidades. Segundo José, o voo foi tranquilo, mas havia muita gente de máscara na aeronave, evitando até mesmo conversar.

Bombeiro e policial militar durante barreira sanitária instalada no aeroporto na madrugada desta segunda-feira (30)(Foto: Henrique Kawaminami) 
Bombeiro e policial militar durante barreira sanitária instalada no aeroporto na madrugada desta segunda-feira (30)(Foto: Henrique Kawaminami)

Conforme a dentista Fernanda Nascimento, 24 anos, tem notado que as pessoas estão mais precavidas e com certo receio por causa da pandemia. “Tem muita gente de máscara, evitando a se tocar”, contou. Ela veio de Maceió (AL), fez conexão em São Paulo e foi uma das que teve a temperatura medida e respondeu a questionário realizado pelo Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária Municipal.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Veruska Lahdo, explicou que febre acima de 37,8 é um sinal de alerta. “Também perguntamos se o paciente apresenta sintomas como dificuldade respiratória”, disse. Segunda Veruska, no último sábado (7), uma mulher de 26 anos, vinda da Espanha, foi diagnosticada com o (Covid-19). Ela veio para a cidade ficar perto da família e está sendo monitorada por uma equipe médica. Durante a viagem, segundo a superintendente, a mulher seguiu todos os protocolos para não disseminar o vírus.

Barreira – Passageiros que estão com sintomas deverão preencher formulário e um termo de compromisso de apresentação obrigatória ao serviço de saúde para avaliação de um médico e se necessário realizar o exame para Covid-19, além de adotar as medidas de isolamento recomendadas. Quem teve contato com casos suspeitos no município ou dentro do avião deverá cumprir isolado voluntário por sete dias.

Trabalham na fiscalização policiais militares e federais, bombeiros e os técnicos das vigilâncias sanitárias municipal e estadual.

Professor José Duarte aprovou a medida adotada no aeroporto da Capital para evitar a disseminação da doença (Foto: Henrique Kawaminami) 
Professor José Duarte aprovou a medida adotada no aeroporto da Capital para evitar a disseminação da doença (Foto: Henrique Kawaminami)


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