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Capital

Pela terceira e "última vez", julgamento do Caso Sophia tem data alterada

Após ser adiado duas vezes e adiantado uma, julgamento será realizado nos dias 4 e 5 de dezembro

Por Lucas Mamédio | 16/10/2024 16:08
Christian e Stephanie, padrasto e mãe de Sophia, durante audiência em setembro de 2023 (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)
Christian e Stephanie, padrasto e mãe de Sophia, durante audiência em setembro de 2023 (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

O julgamento dos acusados de matarem a pequena Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, teve sua data mudada pela terceira vez. Agora, o padrasto da vítima, Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, e mãe da menina, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, serão julgados nos dias 4 e 5 de dezembro.

RESUMO

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O julgamento de Christian Campoçano Leitheim e Stephanie de Jesus da Silva, acusados de matar a filha de Stephanie, Sophia, foi adiado para os dias 4 e 5 de dezembro de 2023, após várias mudanças de datas. A menina foi levada à UPA sem vida, e a investigação revelou que ela sofreu lesões e morte por trauma raquimedular e hemotórax, além de indícios de agressões e violência sexual. Enquanto Stephanie alega não ter visto Christian agredir a filha, ele afirma que estava sob efeito de drogas e álcool no momento do ocorrido.

No despacho assinado pelo juiz do processo, Aluizio Pereira dos Santos, o magistrado deixa claro que essa é a última vez que o julgamento terá data alterada. "Assim, no interesse das partes, porém pela última vez, remarco este júri para os dias 04 e 05 de dezembro/24."

Originalmente, o júri popular seria nos dias 6, 7 e 8 de novembro, porém, a pedido da promotoria, foi adiado para os dias 27 e 28 do mesmo mês. Na sequência, a defesa de Stephanie alegou que não poderia estar presente na data por conta de viagem, fato que fez o julgamento voltar para os dias 21 e 22 de novembro.

Usando o mesmo argumento de viagem, mais uma vez advogados da ré requereram nova mudança e o magistrado determinou que o julgamento aconteça em dezembro, nos dias 4 e 5.

A defesa do acusado foi contrária à nova remarcação, destacando que há necessidade de apenas um promotor, um advogado e os juízes da causa, o que foi destacado também na decisão do magistrado. "São quatro promotores designados e, na falta ou impossibilidade de um, os demais podem fazer regularmente (...) E para arrematar também são quatro advogados, valendo o mesmo raciocínio supra", anotou Pereira dos Santos.

A acusação – Na tarde do dia 26 de janeiro de 2023, a menina deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino, no norte de Campo Grande, já sem vida. Inicialmente, a mãe, que foi até lá sozinha com a garota nos braços, sustentou versão de que ela havia passado mal, mas investigação médica encontrou lesões pelo corpo, além de constatar que a morte havia ocorrido cerca de quatro horas antes da chegada ao local.

O atestado de óbito apontou que a garotinha morreu por sofrer trauma raquimedular na coluna cervical (nuca) e hemotórax bilateral (hemorragia e acúmulo de sangue entre os pulmões e a parede torácica). Exame necroscópico também mostrou que a criança sofria agressões há algum tempo e tinha ruptura cicatrizada do hímen – sinal de que sofreu violência sexual.

Para a investigação policial e o MP, a menina foi espancada até a morte pelo padrasto, depois de uma vida recebendo “castigos” físicos.

Versões – Stephanie alega que não viu Christian batendo em Sophia, mas atribui a morte da filha ao ex-companheiro. “Quando eu saí, ele já estava com ela no colo, desacordada. Ele deitou ela no colchão e fez massagem cardíaca, respiração boca a boca nela. Mas, eu estava tão desesperada que eu não sabia o que fazer, que eu não me toquei na hora o que estava acontecendo”, relatou no dia 5 de dezembro.

Já Christian alega que dormiu o dia todo sob efeito de drogas e álcool. Disse que foi despertado pela mulher. “Quem me acordou foi a Stephanie falando que a Sophia não estava bem. Quando eu vi, ela já estava com a boca roxa e convulsionando”.

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