Polícia conclui que jovem de 23 anos mentiu sobre estupro coletivo
Jovem relatou que havia sido violentada depois de aceitar um cigarro de uma mulher desconhecida em um bar
Quatro dias depois de mulher de 23 anos que registrou boletim de ocorrência alegando ser vítima de estupro coletivo, a Polícia Civil conclui inquérito e verificou que se tratou de falsa comunicação de crime. Em nota, a corporação disse que houve verificação em câmeras de segurança e depoimento da dona do bar onde a jovem teria sido abordada. A própria vítima admitiu ter mentido para evitar internação psiquiátrica.
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Quatro dias após uma jovem de 23 anos alegar ter sido vítima de estupro coletivo, a Polícia Civil concluiu que se tratou de falsa comunicação de crime. A investigação revelou inconsistências nos relatos da jovem, que admitiu ter inventado a história para evitar internação psiquiátrica. Câmeras de segurança e depoimentos contradizem sua versão. A jovem, com histórico de uso de drogas e problemas psiquiátricos, buscou a delegacia como forma de desabafo. A Polícia Civil destaca a gravidade de falsas denúncias, que sobrecarregam o sistema e prejudicam verdadeiras vítimas.
No último dia 6 de março, a jovem relatou que quatro dias antes havia sido violentada depois de aceitar um cigarro de uma mulher desconhecida em um bar. Lá, ela teria sido drogada e só se lembrava de ter acordado no dia seguinte no quintal de sua casa, sangrando muito e com dores nas partes íntimas.
“Durante as investigações, foram identificadas várias inconsistências nos relatos (...). (...) ela apresentou comportamentos contraditórios, mudando o horário em que teria ido ao bar e demonstrando fala confusa e atitudes agitadas. A proprietária do bar mencionado confirmou que o estabelecimento não estava aberto na data e horário indicados pela vítima, e que nunca a havia visto no local.”
A própria mãe da jovem, ao ser ouvida, disse à polícia que a filha tem histórico de uso de entorpecentes e problemas psiquiátricos. Diante disso, a mulher foi ouvida novamente e confirmou que não havia sofrido violência sexual e que inventou a história para evitar uma internação psiquiátrica.
“Verificou-se ainda que, diferente do que fora divulgado pela imprensa, a vítima permaneceu na delegacia por aproximadamente 1 hora e 30 minutos, e não por 6 horas, como noticiado. Ela também optou por não realizar o exame de corpo de delito, por decisão própria, e não por falta de atendimento do Estado”, afirmou a nota.
Segundo a Polícia Civil, a jovem procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na Casa da Mulher Brasileira “como um meio de desabafo e busca de atenção para suas dificuldades pessoais” e “encaminhará a vítima para o devido acompanhamento psicológico e psiquiátrico, a fim de ajudá-la a lidar com suas questões pessoais e evitar futuras situações semelhantes.”
Por fim, reforça que a falsa comunicação de crime é uma prática grave, além de ser um ato ilegal, sobrecarrega os órgãos de segurança pública, desvia recursos que poderiam ser destinados a investigações reais e, principalmente, prejudica vítimas que verdadeiramente necessitam de assistência.
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