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SETEMBRO, SÁBADO  21    CAMPO GRANDE 18º

Capital

População vai ao Parque dos Poderes sem aglomerar, mas também sem máscaras

Campograndenses aproveitam dia de sol e afrouxam isolamento retornando as caminhadas nos altos da Afonso Pena

Rosana Siqueira e Viviane Oliveira | 03/05/2020 11:45
Movimento de pessoas foi intensoi no Parque de Poderes (Fotos: Marcos Maulf)
Movimento de pessoas foi intensoi no Parque de Poderes (Fotos: Marcos Maulf)

O fim de semana com tempo firme atraiu um grande número de pessoas para caminhadas e passeios na manhã deste domingo (3) nos altos da Afonso Pena e no Parque dos Poderes. Sem aglomerações, mas também com poucas pessoas usando máscaras, a cena foi mais um do relaxamento com o isolamento na Capital.

Na terça-feira passada,  secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, informou em live que o Parque dos Poderes voltaria a ser fechado nos fins de semana para lazer das famílias. Hoje, porém, a reportagem percorreu a avenida Afonso Pena e passou pela Avenida do Poeta. Nestas áreas o movimento estava normal, com carros passando, pessoas fazendo caminhada ou correndo, ciclistas pedalando e famílias passeando com os filhos, sem que ruas fosssem fechadas.

Os grupos eram pequenos e normalmente de pais com os filhos. Mas o que se viu foi quase que a falta total do uso de máscaras, como recomenda o Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial da Saúde) como forma de evitar o contágio com o novo coronavírus, mesmo para passeios aos ar livre.

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A funcionária pública, Ana Alice, de 35 anos levava a filha para passear na manhã deste domingo. Sem máscara, ela disse a reportagem que mora na região do Parque dos Poderes, e  ficou mais de um mês de quarentena, por isso hoje resolveu levar a filha para ver os quatis.

A administradora de empresas, Arlene de Almeida Martins, 45 anos, veio de longe para curtir o ar livre do parque. Ela mora perto do Parque de Exposições Laucídio Coelho e também dispensou a máscara. Hoje, ela passeava com a filha na região da Cidade do Natal, nos altos da Afonso Pena.

Arlene diz que ficou mais de um mês dentro de casa (Marcos Maluf)
Arlene diz que ficou mais de um mês dentro de casa (Marcos Maluf)


“Fiquei mais de um mês em casa, sem sair”, salientou lembrando que sempre costumava trazer a filha para passear no Parque.

Ela destaca que veio de manhã por acreditar que tem menos gente no parque. “Parece mais tranquilo hoje, as pessoas saindo mais de casa. Antes não estávamos saindo, Mas hoje a gente ficou. Vamos tomar uma água de coco e ir embora”, salientou.

Rui torce para que a Prefeitura reabra o parque das Nações. (Marcos Maluf)
Rui torce para que a Prefeitura reabra o parque das Nações. (Marcos Maluf)


Defensor da reabertura - Já o serralheiro Rui Pereira, de 56 anos, que complementa a renda vendendo água e refrigerante nos fins de semana na Afonso Pena. Sem máscaras, ele disse que estava se arriscando porque ontem uma equipe da guarda municipal já tinha dado batida no local.  Revoltado, ele conta que a guarda “chegou e queria apreender as coisas”.

Normalmente, ele ganha de 100 a 200 reais vendendo as mercadorias. “Acho um absurdo porque as pessoas precisam trabalhar”, avalia. Ele ainda defende que o Govern de Mato Grosso do Sul  reabra o Parque das Nações Indígenas. “O local é grande e as pessoas iam se dispersar. Na minha opinião é um grande erro o parque estar fechado”, concluiu.

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