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Capital

Prefeitura diz que manifestantes do Vespasiano foram manipulados por ONG

Guilherme Henri | 16/06/2016 18:10
Moradores do Vespasiano Martins estavam em um ônibus irregular e pretendiam protestar em frente à prefeitura (Foto: Alcides Neto)
Moradores do Vespasiano Martins estavam em um ônibus irregular e pretendiam protestar em frente à prefeitura (Foto: Alcides Neto)

A Prefeitura de Campo Grande atribuiu a tentativa de protesto de moradores do Vespasiano Martins na manhã desta terça-feira (16), a uma ONG (Organização não Governamental) “Amor ao Próximo”. Em coletiva realizada na tarde de hoje assessores apresentaram um vídeo (veja a baixo) que mostra a presidente da organização, Rafaela da Silva Torres Cardoso afirmando que ela e o ônibus usado pelos moradores estavam a serviço da Câmara de Vereadores.

As famílias pretendiam protestar em frente a prefeitura contra as condições precárias em que foram instaladas em loteamentos sem condições mínimas de habitação, mas para isso usaram um ônibus com documentação irregular, sem motorista habilitado e lotação acima da permitida.

Segundo a titular da Secretaria de Assistência Social, Marcela Carneiro, equipes da pasta que trabalham no Vespasiano Martins afirmaram que os moradores disseram que Rafaela os tinha orientado não só a protestar, mas também a recusar o material que seria entregue a eles para dar continuidade a construção de suas casas. “Não existia uma pauta ou reivindicação concreta dos moradores, pois todos os problemas que eram apresentados uma solução por parte da prefeitura era colocada, no entanto, eles criavam outra situação”, disse.

Para a secretária adjunta da Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle) Maria do Amparo Melo, os moradores foram manipulados a participar de uma manobra política. “Esse tipo de comportamento é inaceitável considerando que essas famílias se encontram em situação de vulnerabilidade”, disse.

Opinião que foi compartilhada pelo comandante da Guarda Municipal, o major Marcos César Escanaichi, que disse que a Polícia Militar não recebeu a denúncia do ônibus superlotado propositalmente. “Verifiquei junto a PM e eles não receberam nenhuma denúncia do ônibus que era usado pelos moradores. Isso porque quem denunciou queria que fosse uma força do município a abordar o ônibus e assim o assunto ganhar repercussão”, comenta.

Ao Campo Grande News, o presidente da Câmara de Vereadores, João Rocha (PSDB) afirmou que não conhece a presidente e também a ONG a qual é presidente. “É um absurdo essa alegação. Isso não faz parte da conduta de um vereador. Estou em viagem e desconheço este assunto, mas iremos apurar, pois se qualquer vereador tenha envolvimento com essa movimentação ele responderá por suas ações”, afirma.

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