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Capital

Professores acampam na prefeitura e fecham pista da Avenida Afonso Pena

Ângela Kempfer e Flávia LIma | 17/06/2015 09:45
Professores levaram barracas até o Paço Municipal. (Foto: Marcelo Calazans)
Professores levaram barracas até o Paço Municipal. (Foto: Marcelo Calazans)

Um grupo de cerca de 200 professores acampou na manhã de hoje em frente ao Paço Municipal. Com a manifestação, que inclui panelaço e apitaço, uma das pistas da Avenida Afonso Pena está interditada, na quadra entre a Rua Arthur Jorge e a 25 de Dezembro.

O trânsito ficou complicado na região, mas o bloqueio da avenida deve acabar já às 10h30. Mas os manifestantes prometem permanecer no local até que recebam uma contraproposta de reajuste salarial.

Os professores estão no 24º dia de greve na Rede Municipal. Como nos últimos dias a prefeitura tem apresentado números que indicam enfraquecimento da paralisação, com 37 escolas funcionando na Capital, a ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação de Campo Grande) resolveu organizar o protesto para provar que o movimento continua vivo.

Os manifestantes levaram as barracas de camping e também, panelas, colchões, lençóis e cadeiras de praia para passarem o dia e assim pressionarem a prefeitura a apresentar a contraproposta à categoria.

Além do barulho de apitos e panelas, no carro de som lideranças do movimento se revezam fazendo criticas ao Município. Eles levaram, inclusive, um boneco satirizando o prefeito Gilmar Olarte.

Ontem, a prefeitura encaminhou ofício à ACP afirmando que só poderá apresentar novos valores após ajustar a folha e reduzir o “limite prudencial”, em conformidade com a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Segundo o Poder Executivo, os gastos com folha representam 51,3% do orçamento. O limite estabelecido pela LRF é de 54%. A mesma lei estabelece que, se o gasto com a folha superar 95% do teto (ou seja, se for maior que 51,3% da receita), a prefeitura fica impedida de realizar qualquer ação que eleve ainda mais esse tipo de despesa, como reajuste salarial, criação de cargos, contratação de funcionários.

Os professores pedem reajuste de 13,01%. O Executivo oferece 8,5%.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, a Guarda Municipal reforçou a segurança do prédio, mas ainda não foi aberta negociação para desocupar o local.

Para o período noturno, os manifestantes planejam algumas manifestações culturais no acampamento improvisado.

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