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Capital

Quadrilha ofereceu 100 mil dólares por morte de comandante da PRE

Ana Paula Carvalho e Aline dos Santos | 25/11/2011 11:24

A quadrilha de policiais envolvida com contrabando de cigarros ofereceu 100 mil dólares pela morte do major Joilson Queiroz, comandante da PRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual), segundo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos.

Ainda de acordo com ele, essa informação foi repassada por uma pessoa ligada à quadrilha. Também ofereceram recompensa pela morte dele, mas o comandante não quis divulgar o valor.

As ameaças contra os dois policias do alto escalão da PM começaram antes das operações Holambra, Fumus Malus e Alvorada Voraz serem deflagradas. As duas primeiras aconteceram em outubro e a última na quarta-feira (23).

Segundo informações do serviço reservado da Polícia Militar, as ameaças tiveram início por conta da retaliação do crime organizado, especialmente tráfico de drogas e contrabando de mercadorias do Paraguai e da Bolívia, que foram atingidos pelo trabalho da Polícia Militar Rodoviária.

A informação inicial era de que o bando preso durante as operações teria contratado pistoleiros paraguaios para matar o major e o comandante da PM, mas, depois foi constatado que as ameaças eram feitas por policiais que integravam a quadrilha envolvida no contrabando de cigarros.

Conforme apurado pela reportagem do Campo Grande News, os militares queriam ‘apagar’ o comandante e o coronel porque a PM intensificou o trabalho de fiscalização nas rodovias e com isso o número de apreensões aumentou, situação que prejudicou a quadrilha.

Desde que o major Joilson assumiu o 14º Batalhão, o trabalho de fiscalização nas rodovias foi intensificado, apreendendo mais de 14 toneladas de maconha em apenas um semestre e 376 ocorrências envolvendo contrabando e descaminho, incluindo a apreensão de grande número de cigarro vindos dos países vizinhos.

Mesmo com as constantes ameaças, intensificadas após as prisões, coronel David fala que não reforçou a escolta. “Eu aprendi a me defender”, disse durante o lançamento do policiamento no Centro.

Quanto a escolta do Major Jolison, o comandante diz que será feita uma nova avaliação e se for necessário ela será suspensa, alegando que ter que ficar com escolta policial atrapalha a rotina do comandante da PMRE.

Prisões- Até agora, 29 policiais foram presos nas três operações. Número que o comandante da PM acha baixo se comparado com o efetivo de quase 6 mil policiais militares em todo o Estado. Para ele, isso representa que a Polícia está realizando um bom trabalho.

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