Quatro corretoras de imóveis caem em golpe e são assaltadas na Capital
Quatro corretoras de imóveis foram assaltadas após caírem em um golpe, num período menor que 20 dias em Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, um dos casos ocorreu no dia 17 de maio, e não foi registrado anteriormente pela vítima pois ela sentiu medo, ficando encorajada ao saber que outras três colegas passaram pela mesma situação.
No caso, as corretoras são contatadas para atender um bandido, que se passa por cliente, e pede para ver casas em regiões diversas da cidade. Porém, ele diz que não tem carro e precisa de carona. Assim, no veículo do alvo do assalto, em determinado momento, ele a rende e pratica o assalto.
A mulher assaltada no dia 17 diz que o ladrão ligou para ela e disse que não tinha carro, fazendo com que ela fosse buscá-lo em casa. Ela mostrou para eles imóveis anunciados no site de classificados OLX, nos bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca - região oeste de Campo Grande.
Ao retornar para o local onde buscou o assaltante, no Jardim Tijuca, a corretora diz que levou uma "gravata" do bandido. Posteriormente, ele amarrou as mãos dela com um cadarço, obrigando ela a ficar deitada no chão do carro, na parte de trás.
Porém, a mulher não tinha dinheiro no momento e, para sacar em caixa eletrônico, é preciso fazer verificação biométrica, fazendo então com que ela fosse ao banco com ele sacar, primeiro R$ 1,4 mil, e depois R$ 700. Depois, ele abandonou a vítima e fugiu. O caso foi registrado na Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos).
Segundo o delegado titular Luis Alberto Ojeda, uma equipe de investigação já está trabalhando no caso em busca de identificar a autoria do roubo, que seria uma nova modalidade de crime praticada na Capital. Ele também deu orientações para os profissionais de venda evitarem situações como essas.
"Se possível, que extraiam o máximo de informação do possível comprador, como RG, CPF, data de nascimento, endereço, telefone, placa de veículos, para desta forma auxiliar a polícia nas investigações caso ocorra algo", explica Ojeda, que também recomenda as pessoas não irem sozinhas.
Caso Erlon - Em abril do ano passado, Erlon Peterson Pereira Bernal, 33 anos, foi vítima de latrocínio após anunciar a venda do seu veículo Golf, no mesmo site de classificados.
Ele recebeu a ligação do suposto comprador e saiu para se encontrar com ele. Porém, acabou caindo em uma armadilha, sendo levando para uma casa no no bairro São Jorge da Lagoa - vizinho ao Jardim Tijuca - acreditando ainda que faria negócio.
Porém, ele foi assassinado com um tiro na nuca e o corpo enterrado na fossa séptica da residência. Os envolvidos foram identificados pela polícia e presos, mas as condenações foram consideras brandas, já que o crime causou indignação da população na época - no dia que o corpo foi encontrado, populares tentaram tombar a viatura onde estavam os autores.