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Capital

Reajuste exigido por médicos custaria R$ 52 milhões por ano à prefeitura

Aline dos Santos | 27/06/2017 12:13
Médicos fazem operação padrão em postos da rede pública de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)
Médicos fazem operação padrão em postos da rede pública de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)

O reajuste de 27,5% pedido pelos médicos, que desde ontem (dia 26) estão em greve na modalidade operação padrão, custaria R$ 52,9 milhões por ano à prefeitura de Campo Grande. De acordo com a assessoria de imprensa do Poder Executivo, o valor do impacto na folha do pagamento já contabiliza o 13º salário dos profissionais.

Conforme apurado pela reportagem, 462 médicos têm salário acima de R$ 10 mil, 273 ganham mais de R$ 15 mil, 124 recebem salário superior a R$ 20 mil e há profissionais que recebem acima de R$ 50 mil.

Na estrutura remuneratória, o médico convocado ou concursado plantonista tem salário base de R$ 2.516,72 (12 horas semanais), que aumenta com realização de plantões eventuais nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde).

O valor base do plantão é de R$ 830,56. Aos plantonistas pediatras, é oferecida gratificação de R$ 500 para cada 12 horas trabalhadas aos fins de semana.

Com a operação padrão, a média de atendimento caiu de sete para dois pacientes por hora nos postos de saúde da Capital.

De acordo com o SinMed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), 95% dos 1,2 mil médicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) aderiram à 'greve' da categoria. Eles estão trabalhando em operação padrão, ou seja, sem faltar aos plantões nos postos de saúde, mas atendem apenas casos de urgência e emergência.

A estratégia é porque a Justiça, em parecer favorável à prefeitura de Campo Grande, determinou a suspensão da paralisação sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A categoria foi notificada da liminar e entrou com recurso para cancelar a medida.

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