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Capital

Santa Casa eleva pressão por verba e diz que déficit já é de R$ 8 milhões

Alan Diógenes | 16/10/2014 18:10
Presidente da Santa Casa, Teslenco, pediu R$ 4 milhões para amenizar a dívida. (Foto: Marcelo Calazans)
Presidente da Santa Casa, Teslenco, pediu R$ 4 milhões para amenizar a dívida. (Foto: Marcelo Calazans)

O presidente da Santa Casa de Campo Grande, Wilson Teslenco, afirmou durante audiência pública realizada na Câmara de vereadores, na tarde desta quinta-feira (16), que o déficit da Associação Beneficente está chegando a R$ 8 milhões. Para amenizar a dívida adquirida nos meses de agosto, setembro e outubro, o órgão solicitou que o Governo e o Executivo apontem uma contrapartida de R$ 4 milhões.

De acordo com Teslenco, é preciso encontrar uma solução definitiva para o problema, por que a tendência da dívida é aumentar com o pagamento do salário 13º no final do ano e com a compra de materiais hospitalares. “É preciso resolver a dívida de imediato para termos melhores condições de manter o nosso trabalho e cumprir nossa missão. Não podemos deixar nosso patrimônio ser consumido”, explicou.

Segundo Teslenco, a prefeitura de Campo Grande fez uma proposta de ceder R$ 1,2 milhões de incentivos ainda neste mês, mas nada ainda foi acertado. O secretário municipal de Saúde Jamal Salém informou durante a reunião que um montante de R$ 2 milhões será destinado ao órgão a partir de fevereiro do ano que vem.

“Vamos oferecer a metade do que eles estão pedindo há quatro meses. Agora cabe ao Estado e ao Ministério da Saúde fazerem sua parte. Com um bom diálogo entre Santa Casa, Governo, Executivo e Legislativo conseguiremos resolver esse problema”, mencionou Jamal.

Atualmente os repasses mensais para o hospital cedidos pelo Estado, Município e União, através do SUS (Sistema Único de Saúde), é de R$ 15,7 milhões. O presidente da Santa Casa quer que a verba seja de R$ 19 milhões. “Os materiais hospitalares são pressionados pela inflação. A saúde é um setor que muda constantemente. Precisamos oferecer melhores diagnósticos com tecnologia para a população”, apontou.

Promotora Filomena disse que o principal objetivo da reunião foi discutir a superlotação do hospital. (Foto: Marcelo Calazans)
Promotora Filomena disse que o principal objetivo da reunião foi discutir a superlotação do hospital. (Foto: Marcelo Calazans)

Questionado sobre a superlotação na Santa Casa, Teslenco disse que hoje o hospital trabalha utilizando mais que 642 leitos, que estão disponíveis. Para resolver a falta de leitos ele aposta no Hospital do Trauma, que deve ser inaugurado em 2015. “O Hospital do Trauma vai ter 174 leitos que irão servir para desafogar a demanda da Santa Casa”, salientou.

O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Antônio Lastória, falou que para acabar com a superlotação no hospital é preciso estudar uma forma de evitar a alta demanda. “Temos que trabalhar para evitar acidentes de trânsito que fazem vítimas diariamente e lotam o hospital e prevenir as doenças”, comentou.

A promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª Promotora de Justiça da Saúde Pública, participou da audiência e falou sobre o objetivo da reunião. “Tivemos várias reuniões com o Executivo e Legislativo cobrando mais leitos nos hospitais e não conseguimos chegar a uma solução. Então convocamos a reunião para discutir o principal problema das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e das alas de emergência dos hospitais, que é a superlotação”, ressaltou.

Sobre o assunto, o secretário Jamal acrescentou ainda que 40 novos leitos serão criados na área vermelha do Hospital Regional.

Reunião contou também com representantes do Hospital do Câncer, Hospital Universitário e Conselho Municipal de Saúde. (Foto: Marcelo Calazans)
Reunião contou também com representantes do Hospital do Câncer, Hospital Universitário e Conselho Municipal de Saúde. (Foto: Marcelo Calazans)
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