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Capital

Santa Casa sofre com crise, pode demitir e reduzir atendimento

Michel Faustino | 12/11/2014 18:02
Diretor da Santa Casa diz que hoje a entidade acumula R$ 4 milhões em dividas ao mês. (Foto: Alcides Neto)
Diretor da Santa Casa diz que hoje a entidade acumula R$ 4 milhões em dividas ao mês. (Foto: Alcides Neto)

A Santa Casa de Campo Grande vem enfrentando desde agosto deste ano uma forte crise financeira que pode fazer com que a instituição tenha que demitir um número considerável de funcionários e por consequência reduzir o número de atendimento à população já no inicio do próximo ano.

O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), mantenedora da instituição, Wilson Teslenco, declarou que hoje, a entidade têm um deficit mensal de pelo menos R$ 4 milhões, o que representaria até o fim do ano um deficit de aproximadamente R$ 20 milhões. Conforme Teslenco, a “crise” obrigaria a entidade cortar gastos e reduzir o número de atendimento a partir do próximo ano.

Outro impasse enfrentado pela entidade, é quanto ao incremento do contrato assinado com a prefeitura, que vence no dia 27 deste mês. A entidade busca um acordo junto ao município para que o repasse que hoje é de R$ 15 milhões, tenha um aumento de R$ 4 milhões, chegando à R$ 19 milhões por mês.

Segundo Teslenco, a Santa Casa vem operando com deficit desde agosto. Segundo ele, em setembro e outubro parte do pagamento dos colaboradores foi retido devido a falta de recursos, e esse mês os colaboradores irão receber apenas 60% do salário.

Em agosto deste ano, o hospital reteve 50% dos honorários dos médicos e em setembro a retenção foi de 30%. As parcelas já foram depositadas com a liberação de R$ 3,6 milhões pelo município no fim de outubro. O recurso, liberado pela administração municipal, é referente as parcelas de R$ 750 mil dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e mais R$ 600 mil de maio. O convênio foi firmado em dezembro de 2013 para o hospital conseguir empréstimo no sentido de quitar dívidas. Na época, a prefeitura se comprometeu em ajudar a pagá-lo.

Conforme Teslenco, uma nova reunião deve ser convocada ainda essa semana para que a entidade debata com a prefeitura e também com o governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB), a situação do maior hospital de Mato Grosso do Sul.

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