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Capital

Saúde estava “mergulhada em caos” e teve melhorias, rebate prefeito

Fernanda Mathias | 02/06/2016 12:07
Bernal informou, por meio da assessoria, que “golpe descoberto pela operação Coffee Break” prejudicou a saúde (Foto: Fernando Antunes)
Bernal informou, por meio da assessoria, que “golpe descoberto pela operação Coffee Break” prejudicou a saúde (Foto: Fernando Antunes)

Após declaração do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), que relacionou o número recorde de mortes pela gripe A à “desatenção” no atendimentos em postos de saúde, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “a atual administração reassumiu há 10 meses e encontrou a saúde em Campo Grande, tanto básica, quanto de urgência e emergência, mergulhada num verdadeiro caos”.

A nota ressalta que a situação resulta do “golpe descoberto pela operação Coffee Break”, relaciona também a greve de médicos e enfermeiros, profissionais de saúde desmotivados, falta de medicamentos e insumos, entre outros problemas graves.

De acordo com a Prefeitura, foi iniciado o processo para reverter o cenário motivando os profissionais com pagamento do salário em dia e dos plantões; reposição de estoques de medicamentos, inclusive os usados para o combate da H1N1, além da inauguração de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e as obras de oito unidades básicas de saúde foram retomadas.

“É um trabalho árduo de gestão e cuidado com a saúde das pessoas, que tem dado resultados, como exemplo citamos a epidemia de dengue pela qual nossa cidade passou e que foi vencida”.

O mal estar entre governo do Estado e prefeitura de Campo Grande em relação ao tema, teve início após divergência de informações sobre a quantidade de doses de vacina contra H1N1 fornecidas.

O município chegou a acionar o Ministério Público Federal e Estadual alegando que o Estado não teria fornecido o estoque necessário, afirmação que foi rebatida. Por fim, o MPE instaurou inquérito civil para investigar a insuficiência na quantidade de vacina contra a gripe disponibilizada para a Sesau.

De acordo com a assessoria de imprensa, a prefeitura não vai comentar as declarações feitas pelo governador Reinaldo Azambuja.

Recorde – Até agora, 32 pessoas morreram no Estado por conta da doença, tornando 2016 como o ano com maior número de óbitos confirmados desde 2009, quando o vírus da gripe foi detectado pela primeira vez em uma epidemia no México.

Conforme o boletim epidemiológico, as sete mortes desta semana ocorreram em Bataguassu, onde duas pessoas morreram, Campo Grande, Caarapó, Douradina, Jardim e Naviraí. Os outros óbitos confirmados pelo vírus da gripe A desde o início do ano foram registrados em Aquidauana, Corumbá, Coxim, Juti, Ivinhema, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas.

De 1.096 exames realizados pelo Lacen (Laboratório Central) este ano, 422 confirmaram a doença em pacientes de todo Estado, sendo 114 somente em Campo Grande.

No total, 615 pacientes ainda aguardam o resultado dos exames para confirmar se estão contaminadas pelo vírus H1N1.

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