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Capital

Secretaria só internou jovem com suspeita de H1N1 após ordem do TJ

Aliny Mary Dias | 25/02/2014 08:52

O drama da vendedora Priscilla Kelly Magalhães, 19 anos, que estava internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário desde a noite de domingo (23) com suspeita de H1N1, só teve alívio por determinação da Justiça, na noite de ontem (24). A jovem foi encaminhada para um hospital público e não particular, como informou, ontem à noite, a assessoria de imprensa da prefeitura.

Ela foi transferida às 21 horas de ontem em uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian. Priscilla está internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da unidade, já que exames apontaram que o pulmão da paciente está comprometido.

O trâmite da transferência para um hospital demorou 24 horas e só ocorreu depois que a família juntou dinheiro e contratou uma advogada. A defensora Cristina Souza entrou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para que a Priscilla fosse transferida. Várias tentativas do corpo clínico da UPA foram frustradas, já que não havia vaga em hospitais públicos.

A decisão do desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso saiu durante a noite no regime de plantão. Pouco tempo depois da decisão, Priscilla foi encaminhada para o Hospital Regional.

Roseni Magalhães, 41 anos, é técnica de enfermagem e mãe da jovem. Ela conta que a segunda-feira foi de angústia e revolta por parte da família. “Foi um transtorno muito grande, minha filha estava mal e os médicos suspeitam da H1N1. Hoje temos um alívio por conta da transferência, mas ele está no CTI e não temos notícias”, conta.

Compra de leito – Após a denúncia do Campo Grande News sobre o caso de Priscilla, no fim da tarde de ontem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) entrou em contato com a reportagem e afirmou que o poder público havia comprado um leito em hospital particular para tratar a jovem.

A ordem do secretário Ivandro Corrêa Fonseca ocorreu em razão de não haver leitos em hospitais públicos. No entanto, a família de Priscilla afirma que não houve nenhum tipo de comunicado da secretaria em relação ao hospital particular.

“Não sabemos disso, nossa filha só foi transferida por ordem judicial. Ninguém entrou em contato com a gente sobre isso de levá-la para hospital particular. Até agora não vieram falar com a gente”, desabafa a mãe Roseni.

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