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Capital

Sem "postão" há 1 mês, atendimentos em pronto socorro diminuíram 133%

Queda é significativa se comparada ao período entre maio e junho de 2016., quando a unidade realizava atendimentos de todas as classificações de risco.

Anahi Gurgel e Yarima Mecchi | 30/06/2017 15:23
fachada do Pronto Socorro da Santa Casa na manhã desta quinta-feira (29). (Foto: Marcos Ermínio)
fachada do Pronto Socorro da Santa Casa na manhã desta quinta-feira (29). (Foto: Marcos Ermínio)

O fim do "postão" de saúde no pronto socorro da Santa Casa de Campo Grande completou um mês nesta quinta-feira (29), quando a unidade passou a priorizar casos de urgência e emergência. Com a nova modalidade de acolhimento, a queda do número de atendimentos foi de 133% em relação ao mesmo período de 2016..

Entre os dias 29 de maio e 29 de junho deste ano, foram realizados 4.067 atendimentos no pronto socorro. Na mesma época no ano passado, quando todos os casos da classificaçãod e risco eram atendidos, o total foi de 5.426, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.

De janeiro a dezembro de 2016, foram realizados 50.212 atendimentos, considerando casos urgentes e menos graves. 

Para o novo modelo de acolhimento da unidade hospitalar, a direção colocou um portão de elevação na frente do pronto socorro, rebatizou o local para "Urgência e Emergência" e implementou uma sala de regulação com equipe da Sesau, que faz o acolhimento e encaminha os casos menos graves, classificados nas cores azul e verde, para postos de saúde básicos ou UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). 

Na classificação de risco dos pacientes, a cor azul é indicativa para casos não urgentes, com orientação para atendimento na unidade de saúde mais próxima da residência. Já a cor verde é pouco urgente, para atendimento preferencial nas unidades de atenção básica.

Sem "postão"  há 1 mês, atendimentos em pronto socorro diminuíram 133%

Regulação na prática - Acabar com o 'postão' de saúde no pronto socorro da Santa Casa, foi um medida de economia tomada por meio de acordo entre o hospital e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em que a prefeitura se compromete a reduzir em 30% os atendimentos em contrapartida de não aumentar repasses públicos, que atualmente são de R$ 20 milhões.

O acordo vai tentar reduzir a quantidade de pacientes que são atendidos pelo hospital e que deveriam receber assistência em postos de saúde do município, já que o hospital está habilitado para receber os casos graves, com necessidade de intervenção de média e alta complexidade. No entanto, acaba sobrecarregado com atendimentos de baixo risco.

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