Sem punição, morador fica cada vez pior e fecha rua com caixa d'água

Conhecido por seus “protestos” para cobrar indenização da Prefeitura, o morador do Jardim TV Morena, em Campo Grande, volta a incomodar vizinhança com bloqueio da rua Planalto, vai abusando cada vez mais. Sem qualquer força policial ou administrativa para barrar as ações, agora até caixa d’água foi parar em frente à casa dele, bloqueando a rua. Os moradores já cansaram das manifestações recorrentes, que atrapalham a vizinhança, sem punição.

O último ato de loucura ocorreu na sexta-feira (22), quando o morador José Fernandes da Silva, 52 anos, começou a jogar novos objetos, como estante, vasos de plantas e até mesmo uma caixa d’água. Em certo momento, moradores relataram que o homem chegou a lançar objetos na via, quase atingindo os carros que transitavam pelo local.

Em vídeo gravado por motorista na noite de ontem (22), é possível notar que a caixa d'água, junto a outro objetos, bloquearam metade da pista, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito. Atualmente, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) considera o bloqueio proposital de via como infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54.

Ainda na manhã deste sábado (22), os objetos seguem no local. Um morador, de 46 anos, relatou que o bloqueio tem atrapalhado o trânsito. "O ônibus passa na rua e fica difícil de manobrar. Além disso, fica perto de um ponto de ônibus".

No local interditado, na manhã de hoje (22), um motorista registrou o momento em que um andarilho começa a retirar os materiais deixados por José. Entretanto, boa parte dos resíduos ainda estão na via.

As ações do morador podem se enquadrar como crime contra a "incolumidade pública", que prevê multa e até prisão por colocar em risco a segurança de terceiros. "Isso é um perigo para os moto entregadores, por exemplo. O local está cheio de cacos de vidro", afirma um morador, de 46 anos, sobre o que foi jogado ontem.

Em março deste ano, o Campo Grande News conversou com o José. Ele relata que os supostos protestos são para reivindicar o pagamento de aproximadamente R$ 1,3 milhão pela desapropriação de terrenos dele na época da execução do projeto Cabaça/Areias, de 2009, que abriu vias e realizou obras de drenagem na área citada.

Contudo, os protestos de José duram meses e têm passado dos limites, segundo moradores da região. No dia 23 de março deste ano, o homem chegou a atear fogo em calçados, travesseiros e até colchão na esquina da casa onde mora.

Já no dia 27 de maio, o homem foi flagrado nu na sacada de sua casa. Entretanto, a suposta manifestação foi vista de forma negativa pela vizinhança, que chegou a registrar um boletim de ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura e a Guarda Civil Metropolitana para saber se medidas legais serão tomadas sobre o incidente. Entretanto, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas. O espaço segue aberto.

[**] Matéria editada às 10h43 para acréscimo de informações. 

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