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Capital

Sem sucesso em negociação, sindicato espera maior adesão à greve

Antonio Marques | 02/05/2016 14:09
No primeiro dia de greve, os professores se concentraram em frente ao Paço Municipal (Foto: Fernando Antunes)
No primeiro dia de greve, os professores se concentraram em frente ao Paço Municipal (Foto: Fernando Antunes)

Na primeira reunião realizada entre a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais em Educação Pública) e representantes da prefeitura, no fim da manhã desta segunda-feira, 2, não houve avanço nas negociações e não há previsão de a greve acabar, ainda que a adesão tenha sido baixa no primeiro dia. Pelo menos 52 escolas ficaram parcialmente paradas, conforme o presidente do sindicato Lucílio Nobre.

De acordo com o presidente da ACP, agora à tarde vai ocorrer nova reunião técnica na busca de uma solução jurídica para o impasse sobre a reposição salarial dos professores. “Temos o entendimento que a lei federal determina o índice anual de reposição salarial da categoria e que, por isso, são somos submetidos ao mesmo projeto de lei enviada a Câmara”, comenta Lucílio Nobre.

O líder sindical explica que o índice de 2,79% deve ser integralizado ao percentual de reajuste anual de 2016, que é de 11,36%. “É preciso respeitar o índice nacional para não configurar desrespeito à legislação”, observa o presidente da ACP, acrescentando que se o prefeito Alcides Bernal tivesse negociado com a categoria os 9,57%, que foi enviado à Câmara no início de abril, talvez a situação seria outra, uma vez que restaria menos que 1,80% de diferença.

No entanto, Lucílio Nobre reclama que o prefeito sequer enviou uma proposta aos professores. E o índice enviado à Câmara para a categoria não precisava constar como reajuste, mas parte do valor de reposição conforme determina a lei do piso salarial nacional. “Na reunião desta tarde, em que o assessor jurídico da ACP vai participar, a ideia é encontrar uma saída para o impasse. Se houver algo extraordinário, convocaremos assembleia para amanhã”, contou o presidente do sindicato.

Ele sinaliza que os 2,79% pode ser aceito pela categoria desde que a prefeitura aponte um escalonamento do restante do índice total, sem esquecer os 13,01% referente ao ano passado.

Lucílio disse que cerca de 350 professores participaram das atividades dessa segunda-feira, 2, o que significa de 5 a 6 profissionais de cada uma das 52 escolas paralisadas parcialmente. Nesta terça-feira, 3, a categoria deve participar da sessão na Câmara Municipal. “Queremos o apoio dos vereadores para nossa negociação e debater o projeto de lei do prefeito sobre a reposição salarial que foi encaminhado àquela Casa”, destacou ele.

Pela manhã participaram da reunião com representantes da categora, o procurador geral do Município, Denir de Souza Nantes; secretário de Receita, Disney de Souza Fernandes; e secretário de Administração, Ricardo Trefzger Ballock; além do ex-secretário de Governo, paulo Pedra. 

Conforme Disney Fernandes, o acerto com os professores deve acontecer apenas no âmbito jurídico, considerando que a prefeitura tem um entendimento e a ACP outro sobre a aplicação da lei do piso do magistério. "Sobre a questão do índice não há nada mais a fazer, é o que foi enviado à Câmara", reiterou.

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