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Capital

Sem varrição, focos de mosquito da dengue podem se espalhar pelas ruas

Alerta é de médico infectologista e especialista em controle de vetores

Anahi Zurutuza | 30/12/2016 08:21
Equipe da Solurb trabalhando na varrição (Foto: Marcos Ermínio)
Equipe da Solurb trabalhando na varrição (Foto: Marcos Ermínio)
Mosquito transmite os vírus por meio da picada (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)
Mosquito transmite os vírus por meio da picada (Foto: Sanofi Pasteur/Divulgação)

Bem na época de chuvas, a interrupção no serviço de varrição de ruas e possibilidade de Campo Grande ficar sem a coleta de lixo faz aumentar a preocupação de quem trabalha no combate à dengue. Tanto o coordenador estadual de controle de vetores, Mauro Lúcio Rosário, quanto o médico infectologista Rivaldo Venâncio afirmam que até a limpeza das vias públicas é importante diante do risco de epidemia de dengue e outras doenças causadas pelo Aedes aegypti.

Na manhã de quarta-feira (28), o prefeito Alcides Bernal (PP) anunciou a anulação da concorrência pública que resultou na contratação do consórcio CG Solurb para a gestão dos resíduos sólidos em Campo Grande. Com o rompimento, o serviço de varrição de ruas foi interrompido de imediato.

Na quinta-feira (29), o prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), reuniu-se com Bernal para conversar sobre o assunto. Na saída do encontro, disse que a partir de segunda-feira, quando assume o cargo, iniciará medidas para sanar o problema.

Para o infectologia, a interrupção no serviço de coleta de lixo seria mais graves, mas “a limpeza das ruas, tira das ruas muitos objetos que pode acumular água” e são potenciais criadouros para o mosquito transmissor da dengue, zika vírus, febre chikungunya, dentre outras.

O médico afirma que não há como medir se a sujeira pelas ruas influenciaria diretamente no número de pessoas que terão dengue no próximo ano, mas lembra que todo cuidado é pouco durante o verão. “Depende da densidade de mosquito, quanto maior presença de mosquito, maior a probabilidade de mais pessoas terem a doença”.

Mauro Lúcio, da SES (Secretaria de Estado de Saúde), admite a possibilidade de mais pessoas serem contaminadas com o vírus da dengue. “A partir do momento que o lixo não é retirado e com essas chuvas, possibilita o aumento”.

Neste ano, o Aedes aegytpi contaminou 59.637 pessoas – 59.273 pessoas tiverem dengue, 342 com o zika vírus e 22 com a chikungunya. Foram ao menos 160 casos por dia.

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