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Capital

Sob ameaças constantes de invasão de indígenas, servidores pedem segurança

Funcionários se sentem inseguros de terem local de trabalho invadido por indígenas ou ex-trabalhadores

Lucia Morel e Alana Portela | 17/05/2021 11:38
Funcionários em protesto esta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Funcionários em protesto esta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Temendo invasões e o cumprimento de ameaças, servidores do Dsei (Distrito Sanitário Indígena) em Campo Grande, na Vila Bandeirantes, se reuniram para deliberar sobre pedidos de valorização e segurança. Eles formaram uma comissão que levará os pedidos à Funai (Fundação Nacional do Índio), órgão a que são subordinados.

Eliete Domingues, 55 anos atua há pelo menos 30 como servidora federal e diz que há sempre muita pressão, no entanto, depois de invasão ao Dsei de Dourados, que durou oito dias, entre 3 e 11 de maio, ela disse que a situação está mais pesada.

“Há a todo momento ameaça de invasão de indígenas e de funcionários que foram demitidos”, lamenta. “Está tendo muita pressão e queremos respeito. Todas as demissões passaram por avaliação técnica, por processo”, enfatizou.

Também servidora e ex-chefe do Dsei de Dourados, Sidneide Alves Boa Sorte, 54 anos, conta que na invasão de semana passada, levaram até uma corda, provavelmente para amarrá-la e que só não presenciou o cumprimento de ameaças porque estava em Campo Grande.

“Me sinto ameaçada”, sustenta, enfatizando que ela é acusada de perseguir os funcionários demitidos. “Esta comissão é um pedido de socorro”, diz, lembrando que sai de casa para trabalhar todos os dias com medo do que poderá ocorrer. Depois da ação de semana passada em Dourados, ela foi afastada da chefia.

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