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Capital

Temor do coronavírus provoca corrida ao álcool gel e máscaras

Produtos que em tese ajudaria, na desinfecção e poderiam evitar a contaminação tiveram alta nas vendas nas farmácias

Rosana Siqueira | 27/02/2020 14:10
Produtos já estão sumindo das farmácias e drogarias de Campo Grande (Anahi Zara)
Produtos já estão sumindo das farmácias e drogarias de Campo Grande (Anahi Zara)

O temor generalizado por conta de suspeita de caso de coronavírus em Ponta Porã, provocou uma correria da população as drogarias de Campo Grande, que já estão registrando uma busca desenfreada por álcool gel e máscaras cirúrgicas.

Com isso os itens estão sumindo das pratelerias. Em várias redes de farmácias pesquisadas pelo Campo Grande News, o álcool gel já estava em falta hoje a as máscaras ainda são encontradas, mas não em todas as unidades.

A escassez de álcool e máscaras preocupa principalmente aqueles que fazem parte dos grupos de risco da doença, como idosos.

Na farmácia São Leopoldo, da Eduardo Elizas Zahran por exemplo o álcool em gel e as máscaras já estavam em falta. No balcão apenas um álcool em gel de marca com perfume, era ofertado. Segundo a atendente desde que o caso da suspeita do corona em MS surgiu, houve aumento expressivo na busca pelo álcool em gel.

Na rede de drogarias Raia, o produto também já está em falta em todas as lojas da rede. Uma funcionária destacou que o produto já sumiu na rede e não tem previsão de chegar. Ela alega ainda que a venda da mercadoria aumentou muito nos últimos dias.

Na unidade da Mato Grosso por exemplo, uma funcionária destacou que tanto o álcool em gel quanto as máscaras cirúrgicas já acabaram. Segundo ela estão tentando repor o estoque mas estão tendo dificuldades para compra até nas distribuidoras.

Na Drogaria Freire ainda é possível encontrar o álcool gel em algumas lojas, mas “é preciso fazer pesquisa. Na loja da Mato Grosso, em frente a Unimed por exemplo o produto já não estava mais nas prateleiras.

Na Bella Farma no Comper da Spipe Calarge, tanto as máscaras quanto o álcool acabaram desde ontem após as notícias do coronavírus em MS.

Prateleira em que ficavam unidades de álcool em gel. (Foto: Kisie Ainoã)
Prateleira em que ficavam unidades de álcool em gel. (Foto: Kisie Ainoã)

Confira as medidas de proteção recomendadas pela Organização Mundial de Saúde

1. Medidas de higiene pessoal ajudam a se prevenir do coronavírus?

Ele é transmitido por gotículas de saliva e catarro que se espalham pelo ambiente. Até por isso, a principal forma de prevenção é lavar as mãos com água e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais. Ter um frasco de álcool gel na bolsa também é indicado.

Ao adotar essa estratégia, evita-se que o vírus acesse seu organismo após você colocar as mãos em uma superfície contaminada. A mesma medida, aliás, vale para afastar o risco de gripe e outras tantas infecções.

2. Como evitar a infecção em locais públicos?

Primeiro, reforçamos que não há motivo para pânico. A mortalidade do coronavírus não parece ser muito alta e não enfrentarmos uma epidemia no Brasil.

Ainda assim, vale seguir aquela recomendação aplicada a qualquer doença que se dissemina pelo ar: mantenha distância de pessoas que apresentem sintomas como tosse, coriza e febre.

Por outro lado, ao espirrar e tossir, cubra o rosto com um braço ou lenço descartável. Seguindo essas orientações, você cuida de quem está ao seu redor e de si mesmo.

3. Usar máscara no rosto evita o coronavírus?

Você provavelmente já viu imagens de pessoas nas ruas da China com máscaras no rosto em reportagens dos telejornais. E sim: ela pode reduzir um pouco o risco de infecção.

No entanto, o acessório é recomendado em situações locais de surto intenso. Esse é o único cenário no qual se indica a máscara para a população geral.

Até porque, quando não empregada corretamente, ela só dá uma falsa sensação de segurança. No mais, de pouco adianta vestir esse equipamento e não lavar as mãos.

4. Posso viajar para lugares onde há circulação do vírus?

O Ministério da Saúde, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que viagens para a China e outros países muito afetados sejam realizadas somente em situações de extrema necessidade.

Se for impossível adiar uma ida à China, siga as medidas de higiene pessoal e evite grandes aglomerações. Também prefira alimentos cozidos e não compartilhe talheres.

Ah, e lembre-se de não passar as mãos nos olhos, nariz e boca ou entrar em contato com bichos doentes.

Outro conselho é manter a caderneta de vacinação em dia, mesmo que não haja imunizante para o novo problema. Isso porque, em conjunto com o coronavírus, outros vírus e bactérias causariam estragos adicionais.

Um estudo chinês, publicado no periódico The Lancet, investigou os sintomas e grupos mais vulneráveis a essa doença e mostrou que a maior parte dos quadros graves se deve à imunidade baixa dos pacientes.

Ou seja: o coronavírus é mais perigoso para quem está com o sistema imunológico fraco, o que pode ocorrer devido à ação de outras infecções, a exemplo da gripe, que tem vacina.

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