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Capital

Um ano depois, juiz manda a júri assassino de "Grazi"

Lucas é acusado de feminicídio qualificado por asfixia, mediante traição e ocultação do cadáver

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 06/05/2021 22:10
Lucas Pergentino Câmara no dia em que foi preso na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami) 
Lucas Pergentino Câmara no dia em que foi preso na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami)

A justiça decidiu nesta quinta-feira (06) que Lucas Pergentino Câmara deve ir a júri popular pelo assassinato de sua ex-namorada, Maria Grazielle Elias de Souza, de 21 anos. Em abril do ano passado, Pergentino matou a jovem com um golpe de “mata-leão” e jogou o corpo à beira da rodovia BR-262, na Capital.

Na decisão o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri argumentou que os indícios apurados ao longo da investigação evidenciam a autoria de Lucas no femicídio.

Garcete citou o depoimento das testemunhas que confirmaram o comportamento abusivo do acusado enquanto se relacionou com a jovem e a própria confissão de Lucas, na delegacia. Lucas será levado à julgamento sobre as acusações de feminicídio, qualificado por asfixia, mediante traição e ocultação do cadáver de Graziele. A data da audiência ainda não foi definida.

O caso – Em depoimento à Polícia Civil Lucas disse que matou a ex-mulher com uma “mata leão” por volta das 16h do dia 15 de abril de 2020, enquanto ela tentava ir embora da residência, tudo por “impulso”.  Os dois haviam mantido relacionamento por oito anos.

De acordo com investigação policial, o criminoso manteve o corpo da vítima em sua residência por cerca de seis horas antes de lançá-lo às margens da BR-262, período em que foi até a casa da ex-sogra e voltou para sua residência.

Ciumento, ele não aceitava que a jovem da jovem em casa de massagem e tentava reatar o relacionamento, contra a vontade de Grazi. Durante os cinco dias que Maria Graziela ficou desaparecida, Lucas fingiu ajudar a família e procurar a jovem. Foi ele quem acompanhou a mãe da vítima até a delegacia para registrar o desaparecimento da estudante. Ele foi preso horas após chorar no velório de Maria Graziela, onze dias após o crime.

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