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Capital

Vítima reconhece agressores e Guarda "condena " atuação da PM

Liana Feitosa e Caroline Maldonado | 03/04/2015 11:43
Vítima foi encaminhada ao IMOL pela PM para passar por exames. (Foto: Simão Nogueira)
Vítima foi encaminhada ao IMOL pela PM para passar por exames. (Foto: Simão Nogueira)

O homem encontrado ferido na rua Dom Aquino, centro da Capital no fim da madrugada desta sexta-feira (3), reconheceu agressores e afirmou ser vítima de GMs (Guarda Municipal). "Foram dois guardas. Foi uma coisa sem explicação, do nada", disse o jovem, que pediu para não ser identificado.

Ele preferiu contar poucos detalhes sobre o caso, mas disse ao Campo Grande News que estava indo buscar uma bicicleta quando foi agredido. Durante a conversa com a equipe de reportagem, reclamou de fortes dores na costela.
Ele está com uma atadura no braço direito e foi encaminhado ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) pela PM (Polícia Militar) para passar por exame de corpo de delito.

Defesa - Segundo Hudson Pereira Bonfim, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais da Capital, esse é um "fato completamente isolado." Ele critica a atuação da PM em relação ao caso.

"Estamos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro agora para registrar boletim de ocorrência e realizar exame de corpo de delito porque a atuação da PM foi completamente abusiva. GMs estão lesionados, foram agredidos com spray de pimenta", afirma Bonfim.

O guarda confirmou que uma viatura da PM foi deslocada até a base da GM, na rodoviária, deu voz de prisão e pediu reforço ao Batalhão de Choque. "O comandante da viatura da PM agiu de forma equivocada. Eles nem sabiam o que tinha acontecido e chegaram invadindo, dando voz de prisão a todos os guardas. Os PMs acusaram os guardas de desobediência e resistência, teve guarda agredido, o óculos de um dos guardas foi quebrado", alega Bonfim.

Afirmação - "Quero deixar claro que essa não é uma conduta de toda a PM, mas que, na verdade, foi um procedimento equivocado adotado por essa guarnição, um episódio isolado, de responsabilidade do comandante dessa viatura da PM que atendeu a ocorrência", reforça o presidente do sindicato.

"Então estamos elaborando um boletim de ocorrência, vamos fazer exame de corpo de delito e vamos encaminhar o caso para o Ministério Público", completa Bonfim.

Para o policial militar Edmar Soares, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, o caso indica a necessidade urgente de haver distinção entre as fardas da PM e da Guarda Municipal, já que a testemunha que acionou a PM não sabia indicar os agressores porque a farda da GM e da PM são parecidas.

"Tudo indica que a agressão realmente partiu dos guardas municipais. A vítima foi encontrada no chão, sozinha, pela PM a cerca de 100 metros de uma base da Guarda, na antiga rodoviária de Campo Grande", disse Soares ao Campo Grande News.

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