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Capital

Vizinhança define como imprudência causa da morte de dois motociclistas na Capital

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 26/03/2012 10:55

Na madrugada de domingo para esta segunda, dois motociclistas e um passageiro perderam a vida para a alta velocidade e desatenção

Hoje a carreta continuava no mesmo local com marcas de sangue das vítimas. (Foto: Marlon Ganassin)
Hoje a carreta continuava no mesmo local com marcas de sangue das vítimas. (Foto: Marlon Ganassin)

A imprudência dos condutores no trânsito acaba sendo notícia todos os dias. Este final de semana, em dois graves acidentes o saldo foi de três vítimas. Na madrugada de domingo para esta segunda-feira, dois motociclistas e um passageiro perderam a vida para a alta velocidade e desatenção.

Um dos casos, choca mais ainda, por envolver criança e falta de responsabilidade. Em uma motocicleta, além do condutor e da passageira, entre eles havia um menino que morreu aos 7 anos de idade. Ele estava sem capacete.

Luís Carlos Charpel Filho, 28 anos, levava a namorada Suelen Quintana Deluque, 25 anos e o filho dela de volta para casa por volta da 1h da madrugada, quando na descida da rua Arquiteto Vilanova Artigas, bateu em uma carreta estacionada.

Segundo a vizinhança, o veículo fica ali há 12 anos. A Agetran afirma que não há proibição quanto ao estacionamento de carretas, desde que não haja sinalização específica alertando os condutores.

Nesta manhã a carreta continuava no mesmo local, na faixa branca, com o para-choque e painel de luz destruídos e marcas de sangue das vítimas. A cena reuniu moradores e familiares de Luís Carlos.

Tio de Luís Carlos contabiliza, já são 5 familiares vítimas do trânsito. (Foto: Marlon Ganassin)
Tio de Luís Carlos contabiliza, já são 5 familiares vítimas do trânsito. (Foto: Marlon Ganassin)

A vizinhança afirma que os motoristas passam “a toda” pela via e que vem no embalo por conta da descida. Ao Campo Grande News, Gilson Aparecido da Silva, 20 anos, enteado do dono da carreta pede uma lombada eletrônica no local, algo que sirva de freio para os condutores.

“A gente sempre estacionou aqui, mas os motoristas vêm na descida e não querem nem saber, sempre tem acidente e se é com motociclista, é morte na certa”, comenta.

A funcionária de Serviços Gerais, Adriana Silva Rocha, 40 anos, concorda que foi imprudência do motociclista, mas questiona “acho que aquela carreta não deveria ficar ali. É o segundo que bate na carreta e morre”.

Segundo testemunhas, antes de bater em caçamba, motociclista furou o sinal e dirigia fazendo "gracinhas". (Foto: Marlon Ganassin)
Segundo testemunhas, antes de bater em caçamba, motociclista furou o sinal e dirigia fazendo "gracinhas". (Foto: Marlon Ganassin)

Próximo aos pedaços da motocicleta que ficaram pelo chão, o tio do motociclista, Alan Elias Barbosa, 60 anos, estava perplexo. “Foi uma fatalidade, mas é uma dor muito grande, meu sobrinho foi a quinta vítima de acidente de trânsito que perdi desde 2008”, lamenta.

Anterior a este acidente, a imprudência fez mais uma vítima. Por volta das 21h, Maurício Bispo dos Santos, 43 anos, se chocou contra uma caçamba na rua Brilhante, na Vila Bandeirantes.

Hoje, o Campo Grande News voltou ao local e conversou com os moradores. Dona Dulce da Silva Casemiro, tem 80 anos, metade deles morando no bairro.

Ela conta que ontem, a filha havia recém chegado em casa, estacionado o carro, quando as duas ouviram o barulho. “De repente a gente só ouviu a batida, foi violenta. Ele raspou na caçamba, bateu no carro e voou uns 10m no asfalto”, relata.

A pensionista afirma que na hora do acidente ouviu de testemunhas que Maurício havia furado o semáforo e passava chamando atenção de duas jovens que seguiam logo atrás.

No local, sinalização não é a reclamação dos moradores. O que a vizinhança pede é consciência dos motoristas para que acidentes como estes dois, não se repitam mais.

“Precisa ter mais cautela no trânsito. Não adianta ter lombada se a pessoa não tem consciência que pode perder a vida ou então matar alguém”, desabafa a moradora Raimunda Ribeiro, 65 anos.

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