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Capital

Volta às aulas na Reme é em clima de tensão entre pais e alunos

Ano letivo começa sem kits escolares para estudante e faltando merendeiras em escolas

Paula Vitorino e Luciana Brazil | 06/02/2013 08:53
Ano letivo começa em meio a clima de apreensão. (Foto: Simão Nogueira)
Ano letivo começa em meio a clima de apreensão. (Foto: Simão Nogueira)
Mãe de aluno, Janaína espera que haja solução para falta de profissionais para fazer a merenda. (Fotos: Simão Nogueira)
Mãe de aluno, Janaína espera que haja solução para falta de profissionais para fazer a merenda. (Fotos: Simão Nogueira)

No primeiro dia de aula das escolas municipais, o clima é de tensão entre pais e alunos, que estão preocupados com ano letivo. A insegurança é principalmente em relação aos kits escolares, que não foram entregues, e à merenda, devido a falta de profissionais para prepararar a alimentação em algumas escolas.

Na Escola Municipal Arlindo Lima, a avó de um estudante de 5 anos, Lilian Marília de Godói, 53 anos, foi sucinta: “Não aceito escola sem merendeira”. Ela afirma que o neto foi retirado da escola particular e levado para a municipal com expectativa de que fossem oferecidos os materiais, merenda e um ensino de qualidade.

A mãe, Josi Cordelino, de 36 anos, espera que a filha tenha merenda no recreio. “Se não tiver merendeira, acredito que a diretora deve dar um jeito”, diz. Mas enquanto isso, fica preocupada. “Só vou sabe no final da aula”, diz.

Com a notícia de que o kit escolar não entregue, a maioria dos pais que conversou com a reportagem disse que já comprou os materiais. “Comprei porque sei que vai demorar, mas tem muita gente que não tem condições de comprar e o filho vai ficar sem material até receber da escola”, diz Janaina de Brito, de 28 anos.

A funcionária pública Ylka de Oliveira, de 44 anos, diz que essa não é a primeira vez que gasta com o kit. A filha dela estuda há 4 anos na escola e Ilka diz que a entrega dos materiais sempre atrasa.

A licitação para aquisição dos materiais, aberta na administração passada, foi suspensa pelo prefeito Alcides Bernal (PP). Ontem ele se limitou a dizer que os materiais serão entregues, mas não deu prazo.

São 85 escolas municipais na área urbana e nove na zona rural, onde estudam mais de 82 mil alunos.

Membros da ACP (Sindicato Campo-grandense de Profissionais da Educação Pública) estiveram reunidos nessa semana para discutir o assunto. Segundo o presidente, Geraldo Alves Gonçalves, a situação atrapalha o andamento da rotina escolar.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Jorge Tabosa, faltam técnicos administrativos, merendereiras e monitores de aluno na Rede Municipal de Ensino. O déficit é de 250 profissionais, segundo a estimativa dos sindicatos.

A Prefeitura não informou como pretende resolver a situação.

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