Com proibição na Acrisssul, Morenão será alternativa para shows
Promotores de eventos chegaram a alternativa em reunião com o Ministério Público
Os promotores de eventos de Campo Grande reuniram-se nesta quarta-feira com o promotor do Ministério Público Estadual Alexandre Raslan e chegaram a um consenso de que o Estádio do Morenão é a melhor alternativa para shows após a proibição da realização de eventos musicais no Parque de Exposições Laucídio Coelho.
Por intermédio do governo do Estado, através do secretário de Governo Osmar Jerônymo, os promotores de eventos chegaram a conclusão de que o Morenão pode receber eventos de grande concentração de pessoas.
“O governo do Estado intermediou a negociação para impedir que Campo Grande ficasse sem espaço para shows”, comentou Osmar, que foi orientado pelo governador André Puccinelli a auxiliar os produtores e promotores de evento.
Para o promotor do Meio Ambiente, Alexandre Raslan, a alternativa de realizar shows no Morenão é a mais viável.
“Penso que o impacto ambiental naquela região será menor do que no Laucídio Coelho ou ainda no Parque das Nações Indígenas. Se isso se concretizar, será uma forma sustentável de realização de eventos musicais”, disse Raslan.
O menor adensamento populacional no entorno do estádio e arquitetura do Morenão - que pode reter melhor os ruídos - são fatores positivos em relação ao estádio, quando comparado a outras áreas de Campo Grande.
“Os promotores ficaram aliviados com a alternativa e se responsabilizaram em discutir com a administração do Morenão para transferir os shows programados do Laucídio Coelho para o estádio”, complementou o promotor de justiça.
Condições – De acordo com o administrador do Morenão, João Jair Sartorelo, o estádio tem estrutura para receber grandes eventos, desde que certas restrições sejam respeitadas.
“Uma das mais importantes é a preservação do gramado. Em grandes estádios nacionais, como Morumbi (em São Paulo) e Maracanã (no Rio de Janeiro), o gramado é coberto por uma estrutura de madeira ou metálica, para impedir a degradação do gramado”, explicou Sartorelo.
Outros itens necessários à realização de shows é a disponibilização de geradores de energia. “Não é possível utilizar a energia elétrica do estádio”, adiantou Jair.
Além disso, é necessária autorização da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) – responsável pela administração do estádio – e os laudos do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, sobre segurança e prevenção de acidentes e incêndios.
Bebida alcoólica - Uma das preocupações dos promotores de shows é sobre a autorização da venda de bebidas alcoólicas. Como o campus da UFMS foi cercado por grades de ferro, o estádio Morenão fica, de certa forma, fora do campus.
De acordo com o promotor Alexandre Raslan, a autorização para vender bebidas alcoólicas depende da UFMS.
A opinião de Pitiço, organizador do CLC (Circuito do Laço Comprido) e responsável por trazer a dupla Fernando e Sorocaba no dia 19 de março, comemora a possibilidade de realizar seus eventos no Morenão.
“Espero que essa alternativa se concretize realmente. Ao menos, não vamos perder os shows já programados”, afirma o promotor de eventos.
Leandro Lima faz coro à alternativa do Morenão para shows musicais. “A minha esperança é conseguir transferir meus eventos do Laucídio para o estádio", afirma Leandro.
O produtor de eventos enxerga a alternativa com bons olhos. "Acredito que a localização e o fácil acesso podem contribuir para o Morenão se firmar como palco de shows em Campo Grande”, comentou Leandro, responsável pelo Campo Grande Country Fest, que acontece em março, com shows da dupla Maria Cecília e Rodolfo e Gusttavo Lima.