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Cidades

Especialista diz que rede de saúde não está preparada para surto de gripe

Fernanda Mathias | 01/06/2016 10:40
Em uma análise do cenário nacional, Rivaldo explica que não há muita flexibilidade, seja na rede pública ou privada. (Foto: Arquivo/Simão Nogueira)
Em uma análise do cenário nacional, Rivaldo explica que não há muita flexibilidade, seja na rede pública ou privada. (Foto: Arquivo/Simão Nogueira)

O crescente número de casos confirmados da gripe causada pelo H1N1, com a consequente grande procura por assistência médica, revela a fragilidade do sistema de atendimento não só do Estado como em todo o País.

O infectologista Rivaldo Venâncio, que esteve por 20 dias no Rio de Janeiro, conta que vem observando que tanto a rede pública quanto privada superlotam em questões coletivas, como é o caso da gripe.

“Se em uma UPA há demora de três horas, nos planos de saúde o paciente também vai ter essa mesma espera, não há muita flexibilidade para aumentar a capacidade de atendimento”.
Por outro lado, Rivaldo destaca que os médicos estão preparados para o diagnóstico cada vez mais assertivo da doença. “Todos os anos temos essa mesma situação” , explica.

Em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem promovido capacitações de profissionais de saúde em todos os municípios em que há confirmação de óbitos.
Apesar do número crescente de confirmações de novos casos, gestores da saúde pública não falam em surto ou epidemia.

Um novo boletim será divulgado ainda nesta quarta-feira (01) pela SES. O último relatório divulgado quarta-feira passada, 25, apontava 25 óbitos pela doença. Depois disso, ocorreram mais mortes de pessoas internadas com suspeita da gripe A.

Com a atualização dos dados e registros da gripe, Mato Grosso do Sul já possui 485 casos notificados pela doença, sendo 151 somente em Campo Grande. Ao todo, 367 pacientes tiveram a confirmação.

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