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Cidades

Greve de caminhoneiros tem adesão de pelo menos 19 mil em MS, diz sindicato

Categoria cruza os braços e veículos estão estacionados no pátio de vários postos de combustível

Ricardo Campos Jr. | 21/05/2018 07:42
Caminhoneiros parados em posto de combustíveis na BR-163 em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)
Caminhoneiros parados em posto de combustíveis na BR-163 em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)

A greve nacional dos caminhoneiros contra os aumentos sucessivos do diesel tem adesão de pelo menos 19 mil profissionais em Mato Grosso do Sul, segundo o Sindicam (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos). Os veículos estão parados no pátio de vários postos de combustíveis e até o momento não há informações sobre interdição de rodovias como em outros estados.

Osni Bellinati, presidente da entidade de classe, afirma que circulam pelo estado apenas os transportadores de outras localidades que não estão participando do movimento.

“Não podemos obrigar ninguém a ficar parado. Nosso papel é tentar colocar na cabeça do cidadão que a greve é necessária. A partir daí tem que aderir por ele mesmo. O que eu posso dizer é que os nossos caminhões estão todos parados hoje, ninguém carrega um sapato sequer”, afirmou ao Campo Grande News.

Porém, segundo Bellinate, os profissionais que decidiram seguir viagem vão encontrar os portos paralisados em razão do movimento paredista.

“Paranaguá, Santos e os portos do sul estão todos fechados. Os próprios funcionários estão segurando as descargas. Ninguém aguenta mais. Quatro aumentos seguidos apenas em uma semana. Você pega carga em Sinop e quando chega em Paranaguá o combustível está mais caro e já perdeu a viagem”, exclama.

Caminhões parados ontem em posto de combustível de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Caminhões parados ontem em posto de combustível de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)

Atos – A paralisação começou a repercutir no estado ontem, quando vários caminhoneiros decidiram não seguir viagem. Dezenas de veículos ficaram estacionados nos postos de gasolina na saída de Campo Grande.

Os profissionais querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).

Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) chegou a protocolar ofício junto à Presidência da República exigindo a adoção de medidas que reduzam a incidência de impostos sobre os preços dos combustíveis, sobretudo o óleo diesel. O prazo para que se abra negociação termina neste domingo (20).

Repercussão – Segundo informações do G1, nesta segunda a greve impede o tráfego de veículos na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo.

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