Infraero confirma a André início da ampliação do Aeroporto em 2012
Aeroporto Internacional de Campo Grande ganhará mais duas pistas e terminais de carga e de passageiros. Custo é de R$ 250 milhões
O presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), Antonio Gustavo Matos do Vale, confirmou ao governador André Puccinelli e à bancada federal, o início das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
O projeto de engenharia prevê duas novas pistas, radar, melhoria no sistema de pistas e pátio de estacionamento de aeronaves, além da implantação do complexo logístico, recolocação do batalhão de combate e prevenção a incêndios do Corpo de Bombeiros e dos terminais de cargas e de passageiros, com objetivo de aumentar a capacidade para transporte de cargas do Aeroporto. Também será ampliada a capacidade do estacionamento de veículos.
O custo estimado da obra é de R$ 250 milhões e o projeto será executado conjuntamente entre Governo do Estadual, Prefeitura de Campo Grande e Infraero.
O governador André Puccinelli disse que recebeu a garantia da Infraero de priorização das obras de ampliação do aeroporto de Campo Grande, sendo que um núcleo específico de engenharia da autarquia é responsável pelo atendimento das unidades aeroportuárias das cidades que não vão sediar os jogos da Copa do Mundo.
"Com certeza, no próximo ano as obras serão iniciadas", garantiu Puccinelli. Ainda segundo o governador, Mato Grosso do Sul está cumprindo a parte do projeto sob sua responsabilidade.
O secretário de Planejamento, Carlos Alberto Menezes (Semac) e o deputado federal Edson Giroto acompanharam André na interlocução com a Infraero, junto com o sub-secretário de Representação do Estado de Mato Grosso do Sul no Distrito Federal, Luiz Fernando dos Santos.
Desapropriação - O convênio prevê a desapropriação e entrega à União uma área de 1.381 hectares - já declaradas de utilidade pública pelo governador André Puccinelli.
O governador André Puccinelli e o prefeito Nelson Trad Filho, assinaram um termo de cooperação técnica para a avaliação das áreas que serão desapropriadas para a ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande.
Pelo termo, a Prefeitura disponibilizará corpo técnico da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para fazer a avaliação das áreas de terras indicadas pelo Estado, apresentar os estudos realizados e os respectivos laudos de avaliação para análise da Secretaria de Obras.
“O corpo técnico da Prefeitura em comum acordo com o governo do Estado vai atuar nas áreas referentes à desapropriação, a demarcação, enfim, situações que podem agregar valor e agilidade nos processos para que o governo possa implementar as medidas necessárias para o desenvolvimento do Estado e da Capital”, afirmou Nelsinho Trad.
O prefeito informou que os trabalhos começam imediatamente após a publicação do convênio no Diário Oficial. Pelo termo de cooperação, o Estado se compromete a utilizar os estudos e laudos fornecidos pela Prefeitura, desde que considerados adequados.
O convênio prevê a desapropriação e entrega à União de uma área de 1.381 hectares (já declaradas de utilidade pública pelo governador André Puccinelli).
Esse projeto de expansão tem o objetivo de transformar o aeroporto em um centro de distribuição, exportação e importação de cargas. As obras vão dobrar o tamanho e a capacidade da unidade aeroportuária, que poderá atender até 2 milhões de passageiros/ano.
Segundo o governador André Puccinelli, a área no entorno do aeroporto já foi delimitada pela Infraero. Os terrenos serão desapropriados pelo governo para serem usados nas obras. Com o investimento, o aeroporto terá capacidade para transporte de cargas para toda a América Latina, receptivo de passageiros maior, áreas para entreposto e uma nova pista.
Projeto - Hoje o Aeroporto Internacional de Campo Grande, a 7 km do centro da Capital, opera vôos regionais, nacionais e internacionais, com uma média de 100 vôos e pouso por dia. Inaugurado em 1954, o aeroporto ganhou em 1967 pátios de aeronaves civil e militar. Desde 1975 o aeroporto é de responsabilidade da Infraero. Em 1980 foi feita a ampliação do terminal de passageiros, em 1990 ganhou um terminal internacional.
O terminal possui estacionamento para 280 veículos, restaurante, choperia, cafeteria, polícia federal, receita federal, caixas eletrônicos, agência dos correios, 24 balcões de check-in, 2 salas de embarque, 4 portões de embarque, 2 salas de desembarque, Wi-Fi.
O projeto de engenharia de ampliação prevê duas novas pistas, radar, e dos terminais de cargas e passageiros. Ao todo o aeroporto receberá incremento de 1.381 hectares em sua área total, cedidos totalmente pelo governo do Estado.
“A intenção das discussões, além de reestruturar a logística do Aeroporto, é oferecer à Mato Grosso do Sul – e em particular a Campo Grande – condições de suprir em longo prazo a capacidade de crescimento e desenvolvimento produtivo”, afirmou o governador André Puccinelli.
“O zoneamento da maioria das áreas destinadas ao novo aeroporto, também não é interessante para os empreendedores, por estarem inseridas na Z-6, com categoria de uso “R1”, que admite apenas uma unidade isolada por lote e proíbe a construção de casas em série, Condomínios ou Conjuntos Habitacionais de qualquer porte”
Segundo Rafael Dantas, investidor do setor imobiliário, as áreas destinadas ao novo aeroporto foram escolhidas não somente por estarem próximas ao antigo aeroporto, mas também por serem áreas mais difíceis se serem empreendidas por incorporadoras ou loteadoras, por problemas ligados à lençol freático aflorado, uma característica da região, como por estarem distantes do centro da cidade, e com pouca infra-estrutura.
Para Dantas, “o zoneamento da maioria das áreas destinadas ao novo aeroporto, também não é interessante para os empreendedores, por estarem inseridas na Z-6, com categoria de uso “R1”, que admite apenas uma unidade isolada por lote e proíbe a construção de casas em série, condomínios ou conjuntos habitacionais de qualquer porte.”
“Por terem esta característica, o valor das áreas é bem menor do que em relação a áreas em regiões mais valorizadas, e assim o desembolso para a desapropriação tende a ser menos oneroso aos cofres públicos”, explica o empresário.
(*) Com informações da Secretaria de Obras