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Interior

Após 17 horas de júri, casal que matou como "prova de amor" pega pena máxima

Família da vítima acompanhou julgamento e afirmou que "hoje dorme em paz"

Dayene Paz e Liniker Ribeiro | 04/09/2021 07:26
Nathália Alves Corrêa foi assassinada aos 27 anos, em julho de 2019, com requintes de crueldade. (Foto: Reprodução)
Nathália Alves Corrêa foi assassinada aos 27 anos, em julho de 2019, com requintes de crueldade. (Foto: Reprodução)

Após mais de 17 horas de julgamento, José Romero e Regiane Marcondes Machado, acusados pela morte de Nathália Alves Corrêa Baptista, foram condenados a 30 anos de prisão  (cada um), em Porto Murtinho, a 431 quilômetros de Campo Grande. O julgamento começou às 8h30 desta sexta-feira (3) e terminou a 1h20 deste sábado (4).

O júri foi companhado de perto por familiares da vítima. Por medidas de segurança, a Rua 13 de Maio, em frente ao prédio do Fórum, foi interditada desde às 7h. "Nós saímos em paz, a justiça foi feita para uma mãe que perdeu a filha e para uma filha que perdeu a mãe", afirmou Ludmila Ojeda, de 36 anos, prima da vítima.

Família acompanhou julgamento. (Foto: Porto Murtinho Notícias)
Família acompanhou julgamento. (Foto: Porto Murtinho Notícias)

A família clamava por justiça. "A Nathalia foi ouvida hoje pela última vez, hoje foi a chance da defesa que ela não teve no dia do assassinato. Essa sentença não nos traz a minha prima de volta, mas traz a nossa dignidade. Traz a esperança na justiça que ultimamente não tem sido bem vista. Por fim, a família agradece todo carinho da população murtinhense, todas as orações e energias positivas. A família hoje dorme em paz, com o coração cheio de saudade, mas com a certeza de que a justiça do homem foi feita", destacou a prima.

O crime - Nathália foi morta em julho de 2019, aos 27 anos. Investigações apontam que, logo depois de assassinada, a vítima teve o corpo incinerado e as cinzas foram jogadas no Rio Paraguai.

No pano de fundo da barbárie, uma “jura de amor”. Tanto Regiane, quanto a vítima mantinham relacionamento amoroso com Romero, que era gerente de pousada em Porto Murtinho.

Conforme a versão de Regiane, que é professora, Nathália foi dopada e morta a golpes de barra de ferro pelo homem, como "prova de amor" à amante. Depois da morte, o corpo foi levado para a casa de Regiane, sendo incinerado. Os réus foram denunciados por homicídio doloso por motivo torpe, meio cruel, emboscada e feminicídio.

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