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Interior

Após reforma da estrutura, moradora reclama de ponte perigosa sobre Rio Anhanduí

Ponte está localizada no km 190 na rodovia federal 267, outras já foram apontadas como inseguras

Por Natália Olliver | 18/10/2024 12:21
Pés da ponte localizada no km 190, BR-267, em Nova Alvorada do Sul (Foto: Direto das Ruas)
Pés da ponte localizada no km 190, BR-267, em Nova Alvorada do Sul (Foto: Direto das Ruas)

Após reforma de uma das pontes de madeira do município de Nova Alvorada do Sul, a 16 quilômetros de Campo Grande, Marcíana Ribeiro Rocha, de 33 anos, reclama da falta de segurança da estrutura localizada no quilômetro 190, na BR- 267. A ponte é conhecida como ‘ponte do Rio Anhanduí’ e tem causado medo na moradora. Ela afirma que, apesar das equipes terem trocado a parte de cima da ponte, eles não mexeram na base, ou seja, nos “pés”, o que torna o translado inseguro.

“Essa ponte estava interditada há uns dois meses para reforma. O que aconteceu é que arrancaram toda parte de cima, aí veio a eleição e só colocaram as tábuas em cima. Um fiscal mandou interditar a ponte porque parte dela estava precária. Falaram que iria vir uma máquina de Campo Grande para trocar os pés da ponte, mas eles não fizeram isso, só emendaram onde estava precário e colocaram as madeira de novo”.

Para ela, a estrutura, apesar de restaurada, está insegura. No local passam desde caminhões de grande porte até carros de passeio.

“Eles não trocaram os pés da ponte, era pra eles trocarem, mas emendaram como se fosse roupa. A cabeceira da ponte, se der uma chuva igual estava chovendo acabou, porque não aterraram ela. Tem imagens para provar. Ali está passando carreta, carro baixo, caminhonete e bitrem. A ponte estremece toda.”

Equipe trabalhando na reforma da ponte no km 190, BR-267 (Foto: Direto das Ruas)
Equipe trabalhando na reforma da ponte no km 190, BR-267 (Foto: Direto das Ruas)

Com medo, a dona de casa alega que não deixará os filhos irem para escola por receio de que a estrutura caia. “Segunda-feira era pra voltar as aulas dos meus filhos, mas eu não vou deixar porque passa pela ponte e está um perigo”.

Caso antigo - O problema não foi relatado exclusivamente na ponte localizada no km 190. Em meses e anos anteriores, o Campo Grande News mostrou o descontentamento de outros moradores que utilizam as pontes de madeira espalhadas pelo município.

Em maio deste ano, a ponte conhecida como “ponte do Zuzu”, localizada no km 172 e que divide os municípios de Campo Grande e Nova Alvorada do Sul, teve a segurança questionada nas redes sociais devido à presença de cabos de aço na construção.

A prefeitura de Nova Alvorada do Sul respondeu que ela não corria risco de queda e que a previsão é de que a ponte fosse substituída por uma estrutura de concreto. Junto dela mais 83 localizadas na zona rural do município. Algumas já foram substituídas por concreto. A iniciativa faz parte de um programa que visa garantir mais segurança e durabilidade às estruturas.

Confira registro feito na época.

Ainda em maio, foi celebrado o contrato nº 181 entre o município de Campo Grande e a empresa Andrade Construções Ltda para a prestação de serviços continuados de manutenção das pontes de madeira na cidade. O valor total do contrato é de R$ 3.547.489,82, com vigência de 12 meses a partir da assinatura. A empresa é responsável pela mão de obra e pela matéria-prima utilizada nas reformas.

A reportagem questionou o governo estadual, pois apesar de algumas pontes serem de responsabilidade municipal, o estado também divide o compromisso. Segundo a Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul), a obra foi licitada duas vezes no local, mas em ambas as licitações ficaram desertas.

A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que está realizando uma revisão no projeto e, em breve, uma nova licitação será lançada, garantindo que os ajustes necessários sejam feitos para o avanço do processo e a execução da obra.

A reportagem entrou em contato com o prefeito de Nova Alvorada do Sul, assim como o secretário de obras, tanto pelo telefone quanto por e-mail, mas não obteve retorno. Todos os números fixos da prefeitura estavam incomunicáveis nesta sexta-feira (18). O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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