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Interior

Bandido gaúcho preso na fronteira com MS é entregue à Polícia Federal

Leonardo Silva de Souza, 26, foi preso hoje na “Operação Mbarete”, em Pedro Juan Caballero

Helio de Freitas, de Dourados | 11/08/2021 12:02
Bandido gaúcho é conduzido por agentes da Senad e da Polícia Federal. (Foto: Divulgação)
Bandido gaúcho é conduzido por agentes da Senad e da Polícia Federal. (Foto: Divulgação)

Já está em poder da Polícia Federal brasileira, um dos bandidos mais procurados do Rio Grande do Sul, Leonardo Silva de Souza, 26, atual gerente da facção criminosa gaúcha “Anti-Bala”, no Paraguai.

Ele foi preso nesta quarta-feira (11), na Operação Mbarete (forte, em guarani), desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). Leonardo estava morando em um condomínio fechado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Levado para a sede regional da Senad, em Pedro Juan Caballero, às 11h, ele foi escoltado até o departamento de migrações da cidade e entregue para equipes da Polícia Federal da delegacia de Ponta Porã.

Veja o vídeo:

Segundo informações recebidas pela Senad de autoridades brasileiras, Leonardo possui antecedentes por narcotráfico e lavagem de dinheiro e tem mandados de prisão por homicídios, decretados pela Justiça do Rio Grande do Sul.

Os agentes paraguaios afirmam que Leonardo se instalou em Pedro Juan Caballero para intermediar a negociação de drogas e armas enviadas para o Estado gaúcho.

A facção dele é associada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), organização criminosa dominante, atualmente, na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul.

Criada em 2016, a “Anti-Bala” nasceu para enfrentar a “Bala na Cara”, facção gaúcha aliada do Comando Vermelho. A “Bala na Cara” ganhou esse nome por executar os inimigos da quadrilha com tiros no rosto, para garantir velório com caixão fechado.

Igualmente violenta, a “Anti-Bala” ficou conhecida em Porto Alegre e nas cidades vizinhas por decapitar e esquartejar os integrantes da facção rival.

A primeira morte com assinatura do grupo ocorreu em janeiro de 2016. Rapaz de 22 anos, suposto integrante da “Bala na Cara”, foi sequestrado e decapitado. O corpo foi deixado em um ponto da capital gaúcha com a frase “Bala nos Bala". A cabeça foi encontrada em uma caixa, em outro bairro da cidade.

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