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Interior

Boato de traição levou homem a matar filho de secretário e tentar suicídio

Caroline Maldonado | 19/05/2015 11:09
Homem foi assassinato enquanto jogava baralho (Foto: Robson Maciel/Nioaque Fotos)
Homem foi assassinato enquanto jogava baralho (Foto: Robson Maciel/Nioaque Fotos)

Um boato espalhado pela cidade de Nioaque, a 179 quilômetros de Campo Grande, foi o que motivou um assassinato, seguido de tentativa de suicídio, há pouco mais de uma semana. A informação é da Polícia Civil, que investiga a morte de Eder Antônio Garcete, 32 anos, filho do secretário de Obras do município, Antônio Aparecido dos Santos.

Depois do assassinato, em frente a um ponto de táxi, onde a vítima jogava baralho, no dia 9 deste mês, Antônio Carlos Tenório Marques, 32 anos, atirou contra a própria cabeça. Ele foi levado para a Santa Casa de Campo Grande e está internado na área amarela do pronto socorro. Segundo a assessoria de imprensa do hospital o paciente permanece em estado grave.

As testemunhas ainda não prestaram depoimento, mas o que desestabilizou Antônio foi o boato de que ele havia sido traído pela ex-mulher com a qual tentava reatar, conforme apurado pela delegada responsável pelo caso, Tháis Cavalcante França. “Foi um crime passional. Ainda não ouvimos as testemunhas, mas o que se fala na cidade é que foi espalhado um boato de que Antônio era 'corno'. Um boato como esse em cidade de interior é muito forte. Ele não soube reagir e ficou com o orgulho muito ferido”, contou a delegada.

Segundo a delegada, tudo indica que a ex-mulher de Antônio teve um relacionamento com a vítima, mas já estava se separando. Nesse interesse dos dois pela mesma mulher teria surgido a desavença e o boato. A pena pelo homicido varia entre 6 e 20 anos, na previsão da delegada, mas vários fatores devem influir já que o crime foi passional.

“Um crime cometido por conta de relevante valor moral, violenta emoção, provocação da vítima pode ter a pena reduzida de um terço a um sexto. No entanto, há indícios de que o autor atirou pelas costas, então ele pode ter a pena aumentada por esse aspecto. Tudo será considerado após a perícia e vamos ouvir também essa mulher e as testemunhas, além de acompanhar o estado de saúde do autor”, detalhou a delegada, que espera o resultado da perícia para ouvir as testemunhas.

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