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Brasil e Paraguai prometem criar canais para comunicação apoiar combate a crimes

Reunião entre as forças de segurança dos dois países aconteceu em Ponta Porã nesta quinta-feira para acordo

Por Ana Paula Chuva e Helio de Freitas, de Ponta Porã | 26/06/2025 11:26
Brasil e Paraguai prometem criar canais para comunicação apoiar combate a crimes
Superintendente da Polícia Federal durante conversa com a imprensa nesta manhã (Foto: Helio de Freitas)

Com o objetivo de facilitar a comunicação e intensificar o combate ao crime organizado na faixa de fronteira, Brasil e Paraguai criarão canais de comunicação entre as forças de segurança dos dois países. O novo modelo pretende agilizar o intercâmbio de informações e ações conjuntas, reduzindo a burocracia e ampliando o alcance de investigações transnacionais.

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Brasil e Paraguai estabelecerão novos canais de comunicação entre suas forças de segurança para intensificar o combate ao crime organizado na fronteira. A iniciativa, discutida durante reunião do Comando Bipartite em Ponta Porã, visa reduzir a burocracia e ampliar o alcance de investigações transnacionais. O novo sistema permitirá que policiais brasileiros e paraguaios troquem informações diretamente, beneficiando também as polícias estaduais. Além do combate ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, o modelo facilitará a resolução de casos menores, como furtos e desaparecimentos na região fronteiriça.

A discussão acontece durante reunião da cúpula do Comando Bipartite entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero na manhã desta quinta-feira (26), no auditório da Receita Federal na cidade sul-mato-grossense a 313 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o o superintendente da PF (Polícia Federal) a proposta é criar canais diretos de contato entre policiais brasileiros e paraguaios, que também poderão ser usados pelas polícias de Mato Grosso do Sul.

“Um dos grandes propósitos desse evento é justamente criar esse canal facilitador de comunicação entre as polícias dos dois países. Essa incumbência no lado brasileiro cabe à Polícia Federal e do lado Paraguai à Polícia Nacional. A ideia é que esse canal também possa ser utilizado pelas polícias estaduais”, disse Carlos Henrique Cotta D’Ângelo.

À imprensa , o superintendente destacou a ideia é simplificar a comunicação e oportunizar que os casos considerados pequenos com furtos, pessoas desaparecidas, furtos de veículos, sejam resolvidos com maior agilidade através da comunicação entre as polícias.

"Quando se fala em crime de fronteira, geralmente a gente pensa em tráfico de drogas, mas outros crimes, principalmente lavagem de dinheiro há destaque. Isso vai facilitar também o trabalho da PF, sem dúvida é uma ampliação na troca de informações”, pontou Carlos.

Ainda de acordo com o superintendente da PF, atualmente já é feito um trabalho entre os dois países para os casos mais complexos e que envolvem as facções criminosas, inclusive, citou que já há um canal de comunicação funcionado na região de Foz do Iguaçu (PR) e em outros locais do território nacional.

“A cooperação entre os dois países já vem de longa data. Sempre trabalhamos esses casos mais complexo, estamos agora facilitando, inclusive para a vida do cidadão da região que pode perder um documento no Paraguai ou ter um veículo furtado. Esse canal vai ajudar em toda a parte de identificação e registro”, disse.

“A fronteira é um ponto de atenção, não é por si só um problema. Ela traz várias situações como questão criminal, mas também gera oportunidades de negócio, de emprego.  Então os olhos do Governo Federal nesse momento estão voltados para a questão de segurança pública em Ponta Porã”, finalizou.

 O comissário-geral do Departamento de Investigação da Polícia Nacional, César Silgueiros Lobo, considerou o momento histórico de demonstração de confiança entre os dois países no combate ao crime organizado na fronteira.

““Vamos trabalhar contra organizações criminosas que afetam nossa população e nossos países. Estamos convencidos que esse trabalho vai melhorar a segurança na linha internacional “, afirmou.

O evento acontece em Ponta Porã e conta ainda com a participação do diretor executivo da Polícia Federal que representa a presidência temporária do Comando Bipartite, William Murad.

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