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Política

Próximo do PL, Reinaldo admite mudar de partido antes da definição do PSDB

Diante do esvaziamento do ninho tucano, ex-governador afirma que há “grandes chances” de filiação ao PL

Por Jhefferson Gamarra e Fernanda Palheta | 26/06/2025 13:37
Próximo do PL, Reinaldo admite mudar de partido antes da definição do PSDB
Governador Eduardo Riedel ao lado do ex-governador Reinaldo Azambuja durante evento Pantanal Tech em Aquidauana (Foto: Henrique Kawaminami)

Em meio à crise interna do PSDB, o ex-governador e atual presidente tucano em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, admite que pode deixar a sigla antes mesmo da resolução nacional sobre o futuro do partido. O movimento ocorre depois que o PSDB recuou das tratativas para uma fusão com o Podemos e agora busca uma federação com MDB e Republicanos para sobreviver politicamente.

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O ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente do PSDB no estado, Reinaldo Azambuja, admite possível mudança para o Partido Liberal (PL) antes da definição sobre o futuro dos tucanos. A decisão ocorre em meio à crise do PSDB, que recuou das negociações de fusão com o Podemos e busca federação com MDB e Republicanos. Em entrevista, Azambuja revelou conversas avançadas com o PL, partido presidido por Valdemar Costa Neto. O ex-governador projeta ampliar a bancada do partido no estado e disputar cargos majoritários em 2026. O atual governador Eduardo Riedel, único chefe de Executivo estadual pelo PSDB, mantém diálogo com PP e PSD sobre possível mudança partidária.

Outrora protagonista da política nacional, o PSDB enfrenta um esvaziamento nacional, que culminou com a recente saída dos governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), restando apenas Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, como chefe de Executivo estadual eleito pela legenda.

Próximo do PL, Reinaldo admite mudar de partido antes da definição do PSDB
Ex-governador e atual presidente tucano em Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja durante entrevista (Foto: Henrique Kawaminami)

Em entrevista concedida ao Campo Grande News, Azambuja revelou que as conversas para a construção de uma federação partidária com o Republicanos seguem avançando, mas que ele tem conversas avançadas para uma mudança para o Partido Liberal, presidido por Valdemar Costa Neto e que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Tem chances [de ir para o PL], se a gente acabar de equacionar a forma que vai ser, acho que tem grande chance e se acontecer vai ser ainda este ano”, declarou o ex-governo.

A expectativa de Azambuja é que o PL, que já conta com dois deputados federais e três estaduais em Mato Grosso do Sul, possa ampliar a bancada e disputar uma das cadeiras majoritárias: governador, vice-governador ou senador, com uma coalizão que envolva outras siglas fortes no estado:

“A gente fez uma reunião muito boa com o Bolsonaro, com o Valdemar, com o Rogério Marinho, que além do convite, eles nos deram total segurança que a gente pode ir. Claro, nós não vamos excluir ninguém que queira ficar, mas que nós estamos indo para levar pessoas também para fortalecer o PL. Se hoje tem dois federais, poder eleger três ou quatro. Se tem três estaduais, poder fazer seis ou sete, que é totalmente possível”, ressaltou Azambuja.

A decisão, segundo ele, pode vir antes mesmo da solução interna do PSDB nacional, que ainda patina em busca de fortalecimento para a o pleito de 2026. “Não necessariamente tem que esperar definir o PSDB. Fui voto vencido, porque desde o começo achava que a gente tinha que ter insistido na federação com Republicanos e PSD. Como acharam que o Podemos andaria, perdemos muito tempo discutindo isso, que não virou nada. Voltamos à estaca zero”, disse.

Questionado sobre o governador Eduardo Riedel, que também avalia outras siglas, Azambuja apontou que há a possibilidade tanto de os dois irem para o PL quanto de seguirem caminhos distintos.

“Tem a possibilidade de eu ir para o PL ou ele vir junto. Eu tenho convite do PP, do Republicanos, do União Brasil, de todos os partidos. Vamos ver como conseguimos montar uma majoritária para que todos os partidos maiores da composição tenham representação. São três cargos que estão em disputa na majoritária e vamos tentar construir esse palanque com a força dessas legendas”, avaliou o tucano.

Já o governador Eduardo Riedel, que tem evitado dar declarações sobre questões políticas, adotou tom cauteloso, reafirmando que as conversas seguem em curso, especialmente com o PP e o PSD.

“Se o presidente do PSDB falou isso, quem sou eu? Ele tá conduzindo as discussões pelo PSDB. Eu estou aguardando o rumo do PSDB e conversando com o PP, com o PSD. Não houve avanço da semana passada pra essa, são apenas conversas”, resumiu.

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