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Política

Reinaldo já desconfiava que incorporação não daria certo

Ex-governador defende que agora o PSDB deve buscar novas federações para ampliar o partido

Por Fernanda Palheta | 16/06/2025 13:41
Reinaldo já desconfiava que incorporação não daria certo
Ex-governador e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja. (Foto: Osmar Veiga)

O fracasso na negociação entre PSDB e Podemos já estava no radar das principais lideranças do partido em Mato Grosso do Sul. Ao Campo Grande News, o presidente da Executiva Estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que ele e o governador Eduardo Riedel (PSDB), desconfiavam que a incorporação não daria certo.

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O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, revelou que já desconfiava do fracasso na incorporação do Podemos ao PSDB. Ele e o governador Eduardo Riedel acreditavam que essa fusão era apenas um passo inicial para a sobrevivência do partido. As negociações falharam devido a divergências sobre a presidência do novo partido.Azambuja destacou que o PSDB deve buscar federações com partidos mais robustos para garantir sua continuidade. Ele alertou que, sem uma aliança forte, o PSDB poderá enfrentar dificuldades nas próximas eleições. Atualmente, apenas ele permanece no PSDB entre os governadores eleitos em 2022, enquanto outros se filiaram a partidos como o PSD.

Ele explica que sempre viu este como apenas um dos movimentos que o partido teria de fazer para garantir a sobrevivência do ninho tucano. “Eu achava que a incorporação do Podemos ao PSDB era um primeiro passo, porque ainda ia ficar pequeno”, disse nesta segunda-feira (16). “Sempre tive essa desconfiança e o Riedel também”, completou.

Segundo ele, apesar de participarem das discussões toda a tratativa foi construída pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo.

O recuo se deu por divergências de quem comandaria o novo partido. O PSDB propôs um modelo de rodízio na presidência: mudanças a cada seis meses e, depois, a cada ano, até as eleições municipais de 2028. Após esse período, seria realizada uma eleição para definir o diretório e a executiva nacional, ambos com mandato de dois anos. Enquanto o Podemos exigiu a deputada federal Renata Abreu (SP) na presidência da nova legenda por quatro anos.

Mesmo com o fim das negociações, Reinaldo aponta que o PSDB permanece como está e que ainda há tempo para traçar novos caminhos. Ele defende que o ninho tucano procure federações com partidos mais amplos e com musculatura. “Se não tiver um partido grande o PSDB não vai sobreviver a janela do ano que vem”, alertou.

Dos três governadores eleitos pelo PSDB em 2022, apenas o sul-mato-grossense permaneceu no PSDB. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi a primeira a se movimentar e se filiou ao PSD em março. A saída do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) se consolidou em maio, quando também se filiou ao PSD.

Segundo ele, entre os partidos com conversas em andamento está o Republicanos, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

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