Registro raro da maior coruja das Américas marca expedição no Pantanal
Gigante dos céus, Jacurutu é registrada durante workshop fotográfico na Serra do Amolar

Na tarde desta terça-feira (24), em pleno coração da Serra do Amolar, no Pantanal, em Corumbá, um grupo de observadores registrou um encontro incomum com uma das aves mais emblemáticas da fauna brasileira, a Jacurutu (Bubo virginianus), considerada a maior coruja das Américas.
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Observadores de aves registraram um raro avistamento de um casal de Jacurutus, a maior coruja das Américas, durante uma expedição fotográfica no Pantanal. O flagrante ocorreu às margens do rio Paraguai Mirim, em Corumbá, durante um workshop conduzido por fotógrafos e biólogos. A ave, conhecida por seu comportamento discreto e plumagem camuflada, foi vista pousada em um galho seco ao entardecer. O registro é considerado incomum devido à dificuldade de avistar a espécie em plena luz do dia. A observação reforça a importância do Pantanal como reduto de biodiversidade e o valor das expedições fotográficas para a conservação da fauna.
O flagrante aconteceu às margens do rio Paraguai Mirim, durante um cruzeiro fotográfico promovido pela Icterus Ecoturismo e Expedições, como parte de um workshop conduzido pelo fotógrafo Gabriel Oliveira de Freitas e pela bióloga e fotógrafa Kacau Oliveira.
Pousada sobre um galho seco e iluminada pela luz suave do entardecer, a ave se revelou após uma breve suspeita de movimento entre os galhos. “À primeira vista parecia apenas um tronco. Mas, ao focar com os binóculos, a confirmação veio, tratava-se de uma Jacurutu, e logo depois percebemos que havia um casal”, relata Gabriel. O momento foi acompanhado por cerca de 12 participantes, que se preparavam para registrar espécies ao longo do percurso.
Com comportamento silencioso e aparência imponente, a Jacurutu é conhecida por suas características marcantes: grandes dimensões, plumagem camuflada e penas que se assemelham a orelhas. Recebe ainda diversos nomes regionais, como corujão, mocho-orelhudo e jucurutu. Por sua natureza discreta, avistá-la em pleno dia, em área aberta, é considerado um feito raro, especialmente com condições de luz ideais para fotografia.
A observação reforça o papel do Pantanal como um dos principais refúgios de biodiversidade da América do Sul e destaca a relevância das expedições fotográficas como ferramenta de valorização e conservação da fauna.
“Foi um daqueles encontros que resumem a beleza da fotografia de natureza: paciência, preparo e um toque de sorte. Um instante único, uma recompensa silenciosa que ficará marcada não apenas nos cartões de memória, mas na alma de cada um que esteve ali.”, conclui Gabriel.
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