Com arma de grosso calibre, polícia reforça segurança na fronteira após atentado
Cerca de 70 policiais paraguaios já estão no trecho e a expectativa é de que outros 100 cheguem até amanhã
Para amenizar o clima crítico e de tensão instalado na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, diversos policiais foram enviados à linha entre Mato Grosso do Sul e Paraguai para reforçar a segurança na região, estremecida em razão do atentado ao prefeito José Carlos Acevedo.
Durante a tarde, agentes de diferentes forças policiais já podiam ser vistos em diversos pontos da rua que separa as cidades vizinhas. Em vídeos e fotos feitas no local, é possível notar viaturas e homens a postos com armas de grosso calibre em punho.
Segundo o secretário de Segurança Pública de Ponta Porã, Marcelino Nunes, cerca de 70 policiais paraguaios já estão no trecho e a expectativa é de que outros 100 cheguem até amanhã (19).
Do lado brasileiro, equipes do Bope, DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e agentes das polícias Civil e Militar fazem rondas e abordagens a veículos e pessoas. “Esses policiais estão em algumas travessas e fazendo o patrulhamento nas ruas. É uma resposta importante para proporcionar à população a sensação de segurança”, comenta.
De acordo com o secretário, não há prazo para que os policiais saiam da região. “Eles vão permanecer pelos próximos dias”, finaliza.
Atentado - Acevedo saía de uma reunião com vereadores na sede da Câmara Municipal, localizada em frente ao Palácio da Justiça, na tarde de ontem (17), quando foi atacado a tiros por pistoleiros em um carro branco. Pelo menos 11 tiros de pistola foram disparados.
Reeleito em outubro do ano passado, José Carlos Acevedo é filiado ao Partido Liberal. Poucos dias antes da eleição de outubro, ele causou polêmica ao chutar o corpo de um traficante, vítima da chacina com quatro mortes, ocorrida em frente a um centro de eventos de Pedro Juan. Entre os mortos, estava a sobrinha dele, filha do governador.