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Interior

Com baixa arrecadação, Murilo corta custeio para economizar R$ 4 milhões

Prefeito anunciou que objetivo é fazer caixa para manter 140 obras em execução em Dourados e garantir serviços de saúde

Helio de Freitas, de Dourados | 12/05/2015 07:44
Prefeito de Dourados durante reunião com secretários para anunciar corte de 50% no custeio (Foto: Chico Leite/Assecom)
Prefeito de Dourados durante reunião com secretários para anunciar corte de 50% no custeio (Foto: Chico Leite/Assecom)

Para não afetar setores fundamentais, como a saúde e as 140 obras em andamento no município, o prefeito Murilo Zauith (PSAB) determinou redução de 50% no custeio da máquina pública devido ao déficit na arrecadação de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Em reunião ontem com secretários municipais, o prefeito informou que o custeio de R$ 8 milhões precisa cair para R$ 4 milhões. Segundo ele, a crise no governo federal virou efeito cascata, chegou ao Estado e está impactando diretamente nos municípios.

Cafezinho – Fazem parte do custeio a folha de pagamento dos servidores e as despesas trabalhistas e previdenciárias, materiais de consumo (limpeza e papelaria), combustível, frota, manutenção em geral, telefone, água, energia, serviços terceirizados e até o tradicional cafezinho.

De acordo com a assessoria da prefeitura, a primeira medida já tinha sido adotada por Murilo, que foi a redução do expediente de atendimento ao público para 6 horas (das 7h às 13h). Rosenildo França, contador da prefeitura, informou que o expediente reduzido impacta diretamente na diminuição do consumo de matérias, água, energia, combustível e telefone.

Com as medidas, que não foram detalhadas pela assessoria do prefeito, Murilo espera chegar ao limite máximo estipulado de R$ 4 milhões para o custeio. Com isso, conseguira se adequar à queda de 50% na arrecadação e evitar demissões de servidores, paralisação de obras e redução do percentual investido na saúde.

Por lei, o município deveria investir 15% em saúde, mas o prefeito afirma que em Dourados esse índice chega a 22% do orçamento municipal.

FPM – Rosenildo França informou que entre as receitas municipais, a maior queda ocorre no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) devido à queda no movimento comercial brasileiro.

Pelo mesmo motivo, a queda no repasse do ICMS vem em segundo lugar, mas o município de Dourados sentiu também redução na arrecadação do IPVA, que é feito pelo Estado, mas uma parte é destinada aos municípios, e do IPTU, principal fonte própria de dinheiro dos municípios.

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