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Interior

Com quatro vereadores afastados por corrupção, Câmara retoma atendimento

Discussão sobre cassações de vereadores presos em 2018 vai ficar para fevereiro, quando começam as sessões no plenário

Helio de Freitas, de Dourados | 07/01/2019 09:05
Câmara de Dourados retoma atendimento ao público nesta segunda-feira (Foto: Thiago Morais/Divulgação)
Câmara de Dourados retoma atendimento ao público nesta segunda-feira (Foto: Thiago Morais/Divulgação)

A Câmara de Vereadores de Dourados, a 233 km de Campo Grande, retoma nesta segunda-feira (7) o atendimento ao público após o recesso de fim de ano. Os gabinetes dos 19 vereadores vão atender das 7h às 13h, de segunda à sexta-feira.

Entretanto, os trabalhos legislativos só vão começar na primeira semana de fevereiro, já sobre o comando do vereador Alan Guedes (DEM), eleito para presidir a Câmara de Dourados em 2019 e 2020.

Ficará sob a responsabilidade de Alan Guedes a condução de eventuais pedidos de cassação do mandato de quatro vereadores presos no ano passado em duas operações do Ministério Público contra corrupção.

Denize Portolann (PR), Idenor Machado (PSDB), Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB) foram afastados pela Justiça e substituídos pelos suplentes Lia Nogueira (PR), Mauricio Lemes Soares (PSB), Toninho Cruz (PSB) e Marcelo Mourão (PRB).

Presa no dia 31 de outubro na Operação Pregão, que desmantelou uma organização criminosa instalada na Secretaria Municipal de Fazenda para fraudar processos de licitação, Denise continua atrás das grades.

Mesmo presa, ela tentou voltar a exercer o mandato em dezembro, mas o pedido foi negado pela Justiça. Denize ainda foi multada em R$ 4,7 mil após o juiz considerar o pedido dela um “atentado à dignidade da justiça”.

Idenor, Pepa e Cirilo Ramão foram presos no dia 5 de dezembro, na Operação Cifra Negra, acusados de comandar o esquema de corrupção envolvendo a contratação de empresas de tecnologia que prestam serviço à Câmara. Saíram duas semanas depois, beneficiados por habeas corpus do Tribunal de Justiça.

Denize e outros 14 réus da Operação Pregão já foram denunciados pelo Ministério Público. Já a denúncia contra os outros três vereadores ainda não foi oferecida. O inquérito policial foi concluído no dia 14 de dezembro. Idenor, Pepa e Cirilo foram indiciados junto com outras sete pessoas.

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