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Interior

Consórcio diz que demissões em obra da Petrobras foram para corte de gastos

Viviane Oliveira | 27/11/2014 10:11

A Petrobras está negociando com o consórcio UFN3, para que as obras sejam retomadas ainda em janeiro do ano que vem. A informação foi durante reunião na manhã desta quarta-feira (26), no canteiro de obras  do consórcio, em Três Lagoas, entre representantes do consórcio, responsável pela construção da Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) da Petrobras, a prefeita Márcia Moura (PMDB) e o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Atílio D’Agosto.

Um dos assuntos tratados no encontro foi a questão da dívida de R$ 9 milhões acumulada no município e as demissões em massa registradas nos últimos dois meses. De acordo com D’Agosto, o diretor da Petrobras, Carlos César, responsável pela obra da UFN3 foi o âncora da reunião e se comprometeu em quitar o que deve aos fornecedores do município o mais rápido possível, provavelmente até o final deste ano.

Na reunião, foi dito que a Petrobras está negociando com a UFN3 para que as obras sejam retomadas ainda em janeiro. Atualmente, apenas as empresas terceirizadas, que têm contrato direto com a estatal estão trabalhando. Os funcionários da UFN3 permanecem de braços cruzados pela falta de material para dar sequência a obra e não está descartada a possibilidade do consórcio deixar a obra.

De acordo com o presidente da ACI, sobre as demissões em massa foi dito que elas vêm ocorrendo para cortar custos, pois a UFN3 teme aumentar ainda mais a dívida, já que nos próximos meses seria difícil manter a folha de pagamento dos operários. 

Demissões - Em dois meses, quase 3 mil trabalhadores foram demitidos, o que significa 80% do quadro de funcionários. No mês passado, a UFN3 demitiu mais de 2 mil operários. As demissões em massa colocaram Três Lagoas em posição de destaque em relatório divulgado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) com 3.774 desligamentos, somente no mês de outubro. Na última semana outros 600 funcionários foram desligados e informações deles havia uma lista com mais de 1,4 mil que seriam desligados na última terça-feira (25).

Resposta - A Assessoria de Comunicação da Petrobras informou que possui um contrato com o Consórcio UFN3 para o fornecimento de bens e a prestação dos serviços necessários à implantação de uma fábrica de fertilizantes, motivo pelo qual busca soluções junto ao Consórcio para dar continuidade à obra, porém, as demissões de funcionários, dívidas reivindicadas por fornecedores e ações judiciais dizem respeito a questões internas do Consórcio UFN3, não cabendo a Petrobras se manifestar sobre a situação financeira, gestão de negócios ou a mão de obra de sua contratada.

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