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Interior

“Deixou seu legado”, diz Conselho sobre arquiteto morto em acidente aéreo

Kongjian Yu esteve no Brasil entre os dias 4 e 6 de setembro e retornou na semana passada para gravações

Por Ana Paula Chuva | 24/09/2025 08:53
“Deixou seu legado”, diz Conselho sobre arquiteto morto em acidente aéreo
Kongjian Yu durante palestra na conferência em Brasília no começo de setembro (Foto: Ascom | CAU-BR)

O CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) lamentou a morte de Kongjian Yu, referência mundial em arquitetura da paisagem e planejamento ecológico, durante a queda de aeronave no Pantanal de Aquidauana, a 141 quilômetros de Campo Grande, no final da tarde de terça-feira (23). O arquiteto e professor universitário estava em Mato Grosso do Sul para gravar o documentário “Planeta Esponja”.

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O arquiteto e professor universitário Kongjian Yu, referência mundial em arquitetura da paisagem e planejamento ecológico, faleceu em acidente aéreo no Pantanal de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. O profissional estava no Brasil para gravar o documentário "Planeta Esponja".Antes do acidente, Yu havia participado da Conferência Internacional CAU 2025 em Brasília, onde apresentou o conceito de "cidades-esponjas" para cerca de 4 mil pessoas, e da Bienal de São Paulo. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil lamentou a perda e destacou seu legado para a sustentabilidade e vida urbana.

Em nota, o CAU-BR manifestou profundo pesar pelo falecimento do arquiteto e destacou que Kongjian Yu esteve em Brasília entre os dias 4 e 6 de setembro para palestrar durante a conferência realizada pela entidade. Na ocasião, estiveram presentes cerca de 4 mil pessoas e Kongjian apresentou o conceito de “cidades-esponja”.

Na semana passada, o arquiteto retornou ao Brasil e participou da Bienal de São Paulo. Já no sábado (20), seguiu viagem para o Pantanal sul-mato-grossense, onde aconteceriam gravações para o documentário.

“O Brasil teve a honra de receber Kongjian Yu na abertura da Conferência Internacional CAU 2025, onde compartilhou com milhares de profissionais sua visão transformadora para as cidades do futuro. Sua obra deixa um legado de compromisso com a sustentabilidade, a paisagem e a vida urbana. O Conselho se solidariza com a família, amigos e colegas do arquiteto”, disse a presidente da entidade, Patrícia Sarquis Herden.

“Imensa tristeza” — A Olé Produções, produtora da qual o documentarista Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz era sócio, também lamentou a perda. Em nota sucinta enviada ao Campo Grande News, a empresa confirmou a gravação do documentário que seria dirigido pelo profissional.

“A família lamenta profundamente o ocorrido e agradece as inúmeras mensagens de carinho e solidariedade recebidas neste momento de dor”, pontua a nota.

A reportagem também tentou contato com a esposa do documentarista Rubens Crispim Jr. Os dois eram donos da Poseidos Corp., mas as ligações não foram atendidas e as mensagens não foram respondidas. A informação é de que ela estaria em trânsito para Mato Grosso do Sul.

Já a morte de Marcelo Pereira Barros, piloto e dono da aeronave, foi lamentada pelo presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo.

“Era um piloto experiente, muito zeloso com o equipamento. A aeronave era muito bem conservada, muito bem cuidada. Estava voando ali no Amolar, no Jofre [regiões do Pantanal], como guia de turismo aéreo. Sempre muito cauteloso; por isso, até nos surpreenderam as condições em que aconteceu o acidente”, afirmou.

Acidente – A queda ocorreu no final da tarde de terça-feira (23). A aeronave, um Cessna Aircraft 175, prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, caiu em uma das locações utilizadas para as gravações da novela Pantanal. Segundo informações preliminares, há suspeitas de que o piloto tenha tentado uma arremetida, procedimento em que o pouso é interrompido para que a aeronave suba novamente, mas pouco depois, o avião perdeu altitude e explodiu ao atingir o solo.

Equipes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) atuam no local, que é de difícil acesso. Em consulta à ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), consta que a aeronave tinha registro de operação negado para serviço de táxi aéreo.

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