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Interior

Deputado volta a MS para reunião com 40 mil índios e lança documentário

Aty Guasu dos guarani-kaiowá começou ontem em Paranhos e segue até domingo; presidente da CDDH chega nesta quinta à Capital e amanhã segue para região de conflito

Helio de Freitas, de Dourados | 16/07/2015 10:15
Paulo Pimenta com índios em fazenda ocupada na região de Amambai; documentário destaca luta dos guarani-kaiowá pela terra (Foto: Fabrício Carbonel)
Paulo Pimenta com índios em fazenda ocupada na região de Amambai; documentário destaca luta dos guarani-kaiowá pela terra (Foto: Fabrício Carbonel)

Criticado por políticos sul-mato-grossenses por visitar em junho os acampamentos indígenas em fazendas invadidas na região de fronteira com o Paraguai, o presidente da CDDH (Comissão de Defesa dos Direitos Humanos) da Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), retorna nesta quinta-feira a Mato Grosso do Sul.

Ao Campo Grande News, Pimenta informou que chega ao Estado no final do dia desta sexta e amanhã cedo segue para Paranhos, a 469 km da Capital, onde começou ontem e segue até domingo o Aty Guasu (grande reunião) dos povos guarani-kaiowá. São esperados pelo menos 40 mil índios no encontro, que tem como principal bandeira a luta pela demarcação de terras apontadas áreas indígenas.

Documentário – Além de acompanhar a situação dos índios nas áreas ocupadas em junho em Coronel Sapucaia e Aral Moreia, onde a Força Nacional começou a atuar em junho depois de pedido do congressista gaúcho ao ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, Paulo Pimenta vai lançar amanhã, durante o Aty Guasu, o documentário “Tempos de Retomada”.

Produzido pela Comissão de Direitos Humanos durante diligências feitas no primeiro semestre de 2015 em terras indígenas em Mato Grosso do Sul, o vídeo conta a história de luta e resistência do povo guarani-kaiowá e a busca pela demarcação de terras. “O papel da CDDH é dar voz àqueles que têm seus direitos violados”, firmou Paulo Pimenta. O documentário é dirigido pelo cineasta Fernando Bola.

O trailer do documentário, já divulgado no YouTube, mostra depoimentos de índios, de Paulo Pimenta e até de um fazendeiro da região de fronteira, que defende a resistência armada para impedir as ocupações. “Tem que ser [conflito armado], o Paraguai é bem ali, tem arma para vender onde quiser”, afirma o produtor citado no vídeo.

Relatório – De acordo com a assessoria do deputado gaúcho, durante o Aty Guasu a Comissão de Direitos Humanos vai entregar um relatório de todas as providências tomadas com as autoridades federais em Brasília.

“Nesses últimos dois meses, o deputado Pimenta levou reivindicações dos guarani-kaiowá ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, ao ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, ao advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Tóffoli, e ao presidente da Funai, João Pedro Gonçalves da Costa”, informou a assessoria.

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