Dupla que matou e enterrou mulher em quintal é condenada a 30 anos

Daniel Lima Borges, 44 anos, e Evandson Silva Santos, 31, foram condenados a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de Leonilda Pereira Macedo. O crime aconteceu entre 3 e 4 de agosto de 2020 e o corpo da vítima foi achado no dia 7 daquele mês, enterrado no terreno de uma casa abandonada na Rua Bernardino Antônio Leite, Bairro Santa Rita, em Três Lagoas, distante 327 quilômetros de Campo Grande.

Os dois homens foram presos em flagrante no dia em que o cadáver foi encontrado e passaram por julgamento no último dia 19 de fevereiro. De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o homicídio foi praticado no contexto de violência doméstica e com recurso que dificultou a defesa da vítima durante a pandemia de covid-19.

De acordo com o documento, a vítima e os acusados eram usuários de drogas e mantinham relações sexuais. No dia do crime, os três haviam juntado dinheiro para comprar crack e bebida alcoólica. Eles estavam fazendo uso de entorpecente na casa e, após o ato sexual, Daniel pegou Leonilda e jogou no chão.

Em seguida, o homem saiu no quintal, pegou uma mangueira que estava na torneira e colocou na boca da vítima. Junto com Evandson, ele matou a mulher afogada e depois enterraram o corpo no quintal. O cadáver foi achado alguns dias depois, quando a PM (Polícia Militar) recebeu denúncias anônimas. A cova tinha 40 centímetros de profundidade.

Daniel confirmou que manteve relações sexuais com a vítima, mas negou que a tenha assassinado. Já Evandson contou que o amigo havia jogado Leonilda no chão e colocado a mangueira de água em sua boca, porém não sabia que ela havia morrido.

Na última semana, os dois passaram por julgamento e o Conselho de Sentença, por maioria de votos, decidiu condenar ambos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, no entanto, apenas para Daniel foi mantido o feminicídio. Por isso, ele foi sentenciado a 17 anos, três meses e 29 dias de prisão em regime fechado.

Já para Evandson, a pena foi de 13 anos de prisão, também em regime fechado. A sentença é assinada pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos, que não concedeu a eles o direito de recorrer em liberdade.

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