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Interior

Em MS, chuvas já causaram prejuízo para 110 mil pessoas este ano

Viviane Oliveira | 20/09/2015 08:25
Várias estruturas e telhados foram danificados após temporal com ventos de 95,4 km/h, na última quarta-feira, em Chapadão do Sul.
Várias estruturas e telhados foram danificados após temporal com ventos de 95,4 km/h, na última quarta-feira, em Chapadão do Sul.
Rastro de uma das chuvas fortes que atingiu Naviraí. (Foto: Prefeitura de Naviraí)
Rastro de uma das chuvas fortes que atingiu Naviraí. (Foto: Prefeitura de Naviraí)

De janeiro até setembro deste ano, 110.337 pessoas foram afetadas pelas chuvas em Mato Grosso do Sul, conforme dados da Defesa Civil do Estado. No total, 14 cidades, principalmente as áreas rurais, foram castigadas por enxurradas, alagamentos e chuvas intensas, que deixaram até desaparecidos.

Os municípios que tiveram vários problemas em decorrência dos temporais e decretaram situação de emergência foram Anastácio, Nova Andradina, Batayporã, Caracol, Paranhos, Amambai, Itaquiraí, Aral Moreira, Sete Quedas, Eldorado, Naviraí, Japorã, Iguatemi e Chapadão do Sul.

Até agora as chuvas prejudicaram 286 pessoas, que foram desabrigadas, 761 desalojadas, nove desaparecidas, cinco feridas e três enfermos. Além disso, 109.313 moradores foram afetados com os temporais, como crianças que por algum motivo ficaram impossibilitadas de ir à escola.

A prefeita Marta Maria Araújo (PT), de Aral Moreira, uma das cidades que decretou situação de emergência, contou que os maiores problemas foram causados na área rural como queda de pontes e estradas que ficaram intransitáveis. “Os problemas pontuais foram resolvidos. A gente priorizou, por exemplo, os reparos das pontes, para não parar o transporte escolar e o escoamento da produção com recurso do município, porque do Estado ainda não foi disponibilizado”, explica.

Uma das pontes destruídas pela chuva, em Sete Quedas.  (Foto: divulgação/Prefeitura)
Uma das pontes destruídas pela chuva, em Sete Quedas. (Foto: divulgação/Prefeitura)

Em sete Quedas, a chuva também causou danos em estradas sem pavimentação e em pontes, que ligam várias propriedades rurais a cidade. Conforme o advogado do município Júlio Francisco Janeiro Negrello, a última chuva levou três pontes e danificou quatro. “Iniciamos as obras com recursos próprios, mas ainda estamos pleiteando auxilio do Estado”, afirma.

O tenente da Defesa Civil, Jéferson Aparecido Albuquerque, explica que para liberação dos recursos, os municípios devem atender todos os requisitos para o reconhecimento de situação de emergência. “Hoje, a Defesa Civil do município ou Estado precisa fazer o levantamento dos estragos e, só depois do relatório é que a cidade entra com o pedido de reconhecimento ao Governo Federal”, explica.

A última a pedir socorro ao Estado, foi a Prefeitura de Chapadão do Sul, a 321 quilômetros de Campo Grande, após temporal que atingiu a cidade com ventos de 95,4 km/h no final da tarde de quarta-feira (16). A prefeitura, a rodoviária e alguns prédios da região central tiveram os telhados danificados pela força do vento. Além disso, árvores caíram sobre residências e no meio das ruas.

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