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Interior

Em vídeo, fazendeira chama CNBB de braço demoníaco da igreja católica

Filha de Pio Silva, um dos proprietários das áreas reivindicadas como área indígena acusa Cimi de trazer índios do Paraguai para invasões

Helio de Freitas, de Dourados | 24/08/2015 17:54
Índio sentado em sofá na sala de sede da fazenda ocupada em Antonio João, no sábado de madrugada. (Foto: Reprodução Facebook)
Índio sentado em sofá na sala de sede da fazenda ocupada em Antonio João, no sábado de madrugada. (Foto: Reprodução Facebook)

Uma herdeira de fazendas localizadas na área reivindicada pelos índios no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande, gravou um vídeo, que está sendo divulgado em redes sociais, com críticas diretas à igreja católica e ao Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a quem ela aponta como responsável pela nova invasão, ocorrida na madrugada de sábado (22).

Luana, afirma ser filha de Pio e Roseli Maria Ruiz e cita os avós Maria Auxiliadora e Pio Silva, “pioneiro e desbravador das fronteiras de Mato Grosso do Sul”.

“Aos amigos do Paraná, aos parceiros de luta e de fé, venho dizer-lhes que aja o que houver, nosso suor não foi, não é e não será em vão. A luta continua, pois para os homens do bem desistir não é uma opção”, afirma a ruralista no vídeo, possivelmente apresentado em um evento de ruralistas, realizado sábado em Guaíra (PR).

Ela cita confrontos ocorridos em 1998: “Índios guarani invadiram nossa propriedade, guerreamos, sofremos, lutamos e percebemos que estamos juntos ou todos perderemos e assim vivemos nos últimos quatro anos, em paz, na espera de Justiça pelos 17 anos em que amargamos o conflito”.

Ideologia da subtração – Os anos de trégua, segundo a pecuarista relata no vídeo, foram rompidos sábado “quando o Conselho Indigenista Missionário, pregando a ideologia da subtração, da qual todos os resultados são negativos, destituiu os caciques que primavam pelo diálogo e promete que iam invadir tudo e nos expulsar de nossas casas. Realmente a promessa se consumou nessa madrugada [madrugada de sábado, dia 22]”.

A mulher relata o sequestro e supostas agressões dos índios aos funcionários da fazenda e diz que o Cimi prometeu trazer índios do Paraguai para invadir Mato Grosso do Sul.

Citando Deus e trecho da Bíblia, ela ataca a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil): “Abomino esse braço demoníaco da igreja católica que é a CNBB. Seja quente ou seja frio, pois os mornos os vomitarei. Estejamos sempre unidos e fortes”.

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