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Interior

Enfermeiros do HE fazem paralisação e aprovam greve a partir de quinta-feira

Superintendente do hospital informou que empresa não tem dinheiro para pagar folha e aguarda liberação de recursos por serviços do SUS prestados à prefeitura

Helio de Freitas, de Dourados | 13/07/2015 15:21
Profissionais de enfermagem durante paralisação em frente ao Hospital Evangélico, em Dourados (Foto: Eliel Oliveira)
Profissionais de enfermagem durante paralisação em frente ao Hospital Evangélico, em Dourados (Foto: Eliel Oliveira)

Os 250 profissionais de enfermagem do Hospital Evangélico aprovaram nesta segunda-feira (13) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, o início de greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira (16) devido ao atraso no pagamento dos salários. Os funcionários ainda não receberam o salário de junho. De acordo com o sindicato da categoria, os atrasos ocorrem todos os meses desde o ano passado.

Nesta segunda eles fazem um dia de paralisação e estão concentrados em frente ao hospital, localizado na rua Antonio Emílio de Figueiredo, no centro da cidade.

Lazaro Santana, presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), disse ao Campo Grande News que durante a manhã os profissionais fizeram assembleia e aprovaram o indicativo de greve. Por lei, a paralisação só pode começar 72 horas após a assembleia.

“Nos reunimos com o superintendente Eliezer Branquinho e ele nos informou que o hospital não tem dinheiro para pagar os salários. O hospital aguarda o repasse de um valor que vem do Ministério da Saúde para a prefeitura, e mesmo assim será insuficiente para pagar todos os salários atrasados. Se o pagamento for feito até quarta, a greve será suspensa, pois o único motivo é o atraso”, informou o sindicalista, que veio a Dourados para acompanhar os funcionários do Evangélico.

Maior hospital particular do interior de Mato Grosso do Sul, o Evangélico é credenciado pelo Ministério da Saúde para oferecer serviços de alta complexidade pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Pacientes que precisam de tratamento de cardiologia, oncologia e nefrologia (rins) são atendidos no hospital ou pelas clínicas particulares, contratadas pelo próprio Evangélico.

O dinheiro para pagar por esses serviços é repassado pelo Ministério da Saúde para a prefeitura, que paga o Evangélico. A prefeitura afirma que o repasse está em dia.

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