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Interior

Estado decreta emergência para construir proteção em ponte

Caroline Maldonado | 04/09/2014 08:50
Estruturas estão parcialmente apoiadas nestes aparelhos amortecedores (Foto: Concessionária Porto Morrinho)
Estruturas estão parcialmente apoiadas nestes aparelhos amortecedores (Foto: Concessionária Porto Morrinho)

O Governo do Estado decretou hoje (4) situação de emergência na estrutura da ponte rodoviária da BR-262, sobre o Rio Paraguai, que fica em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. No dia 26, um dos pilares da ponte foi atingido por um barco empurrador paraguaio, abrindo uma fenda de aproximadamente 20 centímetros.

Na terça-feira (2), a prefeitura do munícipio também fez o decreto. Com isso, a intenção é conseguir a liberação de R$ 4 milhões do Governo Federal para construção de um dolfin, uma estrutura para proteger a ponte. Conforme o secretário estadual de Obras, Edson Giroto, após o decreto do Estado, o recurso deve ser liberado para que as obras comecem imediatamente.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o trânsito sobre a ponte continua restrito, feito apenas por uma via, com o sistema “pare e siga” e os veículos de carga carregados, como os bi-trens, são desacoplados para a travessia da ponte. No segundo transbordo, esses veículos não pagam pedágio da carreta vazia, segundo a concessionária Porto Morrinho. A previsão é de que o tráfego continue assim até a segunda avaliação do estado da ponte e encaminhamento da manutenção.

Reparo – O conserto do estrago causado pelo barco empurrador, por sua vez, foi assumido pela concessionária Porto Morrinho. Técnicos já estiveram no local e aguardam o rio baixar para fazer nova vistoria, desta vez na parte submersa do pilar atingido pela embarcação, que estava atracada na margem e o comboio se desamarrou das árvores, ficou a deriva e atingiu a ponte, na região onde não há navegação.

Fotos da primeira vistoria feitas pelos técnicos da concessionária mostram como ficaram os aparelhos de apoio da superestrutura sobre os pilares, após o acidente. O diretor técnico da concessionária Porto Morrinho, Wolney Freire, explica que os aparelhos tem função de amortecer os deslocamentos normais das estruturas em função do tráfego e de variações de temperatura, dentre outros fatores.

“Eles (aparelhos) são de dois tipos os metálicos que suportam as estruturas do vão principal e os de neoprene que suportam as vigas pré moldadas dos vãos adjacentes. Como se pode ver as estruturas estão parcialmente apoiadas nestes aparelhos, razão pela qual há restrições para o tráfego de veículos de carga”, avalia o diretor.

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